O “Livro das Suspeições” revela que o real objetivo da operação não era o combate à corrupção, mas sim mudar os rumos da política brasileira.
Hoje vamos falar a respeito do lançamento de um livro muito importante, que ocorreu no último sábado (1). O livro é denominado “Livro das Suspeições” e foi escrito por advogados e advogadas que compõem o grupo Prerrogativas. Escrito por 34 juristas, homens e mulheres respeitados no Brasil e no mundo pelo vasto trabalho em defesa do Estado Democrático de Direito e de uma justiça realmente justa, ele é composto por 32 artigos e possui uma forma muito fácil de compreensão.
Este é um livro que deve despertar a atenção e a curiosidade não apenas dos juristas, mas de toda a população brasileira, porque faz um grande esforço em mostrar tecnicamente o nível elevadíssimo e inadmissível de parcialidade que moveu todas as ações da Operação Lava Jato.
Ações estas promovidas pelos procuradores da República e pelo próprio juiz Sério Moro. Ações que, analisadas técnica e juridicamente, deveriam ser de pronto anuladas.
E é assim que o livro mostra o real objetivo da Lava Jato, por essas repetidas ações ilegais que caracterizam a parcialidade da Operação. O real objetivo não era o combate à corrupção, mas sim mudar os rumos da política brasileira. E de fato, a Operação Lava Jato alterou profundamente nossos rumos.
Recentemente eu li uma reportagem que fala que os procuradores da Lava Jato dizem-se arrependidos de terem votado no presidente Jair Bolsonaro. Ora, isso soa como uma piada, porque eles não apenas votaram em Bolsonaro, eles são os verdadeiros responsáveis pela eleição do Bolsonaro.
Portanto eu digo que este livro – escrito por estes juristas que compõem o grupo Prerrogativas, coordenado pelo brilhante advogado Marco Aurélio de Carvalho, a quem eu rendo homenagens a todos os pertencentes ao grupo – é parte de um trabalho muito importante que deve despertar a curiosidade de toda a população pois ele é mais um instrumento poderoso, real e verdadeiro, que mostra a parcialidade da Operação Lava Jato.
E entendendo a percepção no Brasil e no mundo sobre os impactos da Lava Jato, a gente precisa se questionar “o que fazer com isso tudo?”. Apenas tomar conhecimento e deixar tudo como está? Não. Porque está claro e comprovado uma grande injustiça que foi cometida, sobretudo contra o presidente Lula.
Manter estas injustiças significa cometer uma segunda e mais grave injustiça. E devemos recordar que é uma injustiça que se abate sobre toda a nação brasileira. Então eu quero aqui fazer um alerta, sobretudo ao Poder Judiciário que não pode deixar que as coisas permaneçam como estão.
Existem processos no Supremo Tribunal Federal que devem ser analisados e julgados. Processos que levantam a suspensão do juiz Sergio Moro. Avalio que isso é o mínimo que a nação brasileira e o Estado Democrático de Direito exigem e que o Supremo Tribunal Federal, ou seja, a justiça brasileira deve se debruçar, promovendo este julgamento em nome da justiça e em nome de um Brasil democrático, soberano e em nome do nosso Estado Democrático de Direito.
por Vanessa Grazziotin, Ex-senadora (AM) | Texto original em português do Brasil
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