A Elbit Systems Ltd. fundada em 1966, é uma gigantesca empresa internacional de sistemas eletrónicos de defesa com sede em Israel.
Tem atividades em sete países Europeus, Bélgica, França, Itália, Macedónia, Roménia, e UK conjunto que compõe este estranho ramalhete de bolbosas democracias.
USA, Brasil, Colômbia são a Copa das Américas dos Elbitenses e ainda as asiáticas Filipinas.
A empresa, que tem muitas subsidiárias, com nomes que variam conforme o país que a contrata, actua nas áreas de sistemas de vigilância aeroespacial, terrestre, e naval, comando, controle, comunicações, computadores, vigilância e reconhecimento de espionagem (C4ISR), sistemas de aeronaves não tripuladas, eletro-óptica avançada, sistemas espaciais eletro-ópticos, conjuntos de guerra eletrónica, sistemas de inteligência de sinal (SIGINT), links de dados e sistemas de comunicação e rádios. Vai atualizando plataformas militares existentes, prosperando com tecnologias para aplicações na defesa, segurança nacional e aviação comercial e fornecendo uma gama de serviços de suporte, incluindo sistemas de treino para pilotos na Macedónia. Em 2016, tinha uns quase 14 mil funcionários, a maioria especialistas em engenharia, mecânica, pesquisa e desenvolvimento e outras áreas técnicas e de computação. As ações da Elbit Systems são negociadas na Bolsa de Valores de Tel Aviv e na NASDAQ.
Prestigiadas instituições norueguesas, dinamarquesas e suecas afastaram-se dos Elbitenses com declarações públicas de que não queriam trabalhar com empresas que não respeitavam princípios de defesa dos direitos humanos.
Em 6 de dezembro de 2017, a Citizenlab publicou um relatório detalhado que mostrava que dissidentes e jornalistas etíopes nos EUA, Reino Unido e outros países eram alvo de sofisticados esquemas de vigilância/espionagem comerciais, fornecidos pela Cyberbit, um outro nome da Elbit. À pergunta colocada pela Human Right Watch sobre o assunto, a Cyberbit não negou a venda desse tipo de tecnologia e, claro, negou ter o que quer que fosse a ver com o mau uso que pudesse ser dado a quem lhe comprava equipamento.
Em dezembro de 2018, o Jerusalem Post informou que o banco inglês HSBC confirmou que iria deixar de trabalhar com a Elbit. O banco justificou sua decisão alegando que “apoia fortemente os princípios internacionais de direitos humanos quando eles se aplicam aos negócios”. O grupo Campanha de Solidariedade com a Palestina (PSC) considerou este divórcio entre a banca a a Elbit uma vitória.
Em abril de 2019, a AXA, uma empresa de investimento francesa, também declinou mais parcerias com a Elbit o que foi saudado por várias organizações internacionais.
Will Parrish, um jornalista investigador do norte da Califórnia (www.willparrishreports.com), avisa agora no The Intercept que a patrulha de fronteira dos USA contratou uma empresa militar israelita para colocar uma reserva nativa americana sob “vigilância persistente”.
As pessoas da nação Tohono O’odham, a tal reserva no Arizona, sempre viajaram livremente por essas terras suas, dizem habitantes locais mas, após anos de assédio por agentes da Patrulha de Fronteira, muitos têm medo de se aventurar longe de suas casas. Agora não podemos ir a lado nenhum sem os grandes olhos israelo-americanos observarem todos os seus movimentos”, dizem.
De acordo com Jay Stanley, um analista senior de política do American Civil Liberties Union’s Speech, Privacy, and Technology Project, a disseminação de tecnologias de vigilância persistentes é particularmente preocupante porque elas removem qualquer limite sobre quanta informação a polícia pode reunir sobre os movimentos de uma pessoa. “A fronteira é o local natural para o governo começar a usá-los, pois há muito mais apoio público para implantar esse tipo de tecnologia intrusiva lá”, disse ele.
Um grande olho nos vigia. Tão grande e tão intrusivo que nem o vemos.
Dissimula-se entre as nuvens que nos permitem sentar à sombra deste nosso descontentamento.
Ilustração: Vigilância elbitense, de Beatriz Lamas Oliveira
Por opção do autor, este artigo respeita o AO90
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