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Sábado, Julho 27, 2024

Papa Francisco: a injustiça é a raiz perversa da pobreza

Ao presidir a celebração eucarística neste domingo (18), o papa Francisco falou sobre a pobreza que atinge milhões de pessoas no mundo. O líder católico identifica na injustiça a raiz principal da pobreza da qual são vítimas, segundo ele, crianças, jovens, idosos, refugiados e populações atingidas por guerra e pela exclusão. O papa afirmou ainda que os cristãos não devem ficar de braços cruzados diante das injustiças. “Não somos chamados a fazer o bem só a quem nos ama”, enfatizou Francisco.Na celebração deste domingo, que marcou o Dia Mundial dos Pobres, o papa fez uma homilia com forte teor social e uma crítica enfática à concentração de riqueza. Entre os milhares de católicos de todo o mundo que costumam participar das celebrações de domingo no Vaticano, estavam seis mil pobres, a quem o papo dedicou atenção especial.

“O grito dos pobres: é o grito estrangulado de bebês que não podem vir à luz, de crianças que passam fome, de adolescentes acostumados ao estrondo das bombas ao invés da algazarra alegre das brincadeiras. É o grito de idosos descartados e deixados sozinhos. É o grito de quem se encontra a enfrentar as tempestades da vida sem uma presença amiga. É o grito daqueles que têm de fugir, deixando a casa e a terra sem a certeza dum refúgio. É o grito de populações inteiras, privadas inclusive dos enormes recursos naturais de que dispõem. É o grito dos inúmeros Lázaros que choram, enquanto poucos epulões se banqueteiam com aquilo que, por justiça, é para todos”, afirmou o sumo pontífice. Para Francisco “a injustiça é a raiz perversa da pobreza. O grito dos pobres torna-se mais forte a cada dia, e a cada dia é menos ouvido, porque abafado pelo barulho de poucos ricos, que são sempre menos e sempre mais ricos.”

Segundo Francisco, “diante da dignidade humana espezinhada, muitas vezes fica-se de braços cruzados ou então de braços abertos, impotentes diante da força obscura do mal. Mas o cristão não pode ficar de braços cruzados, indiferente, nem de braços abertos, fatalista”. O papa concluiu a homilia afirmando: Não somos chamados a fazer o bem só a quem nos ama. Retribuir é normal, mas Jesus pede para ir mais longe dar a quem não tem para restituir, isto significa, amar gratuitamente”.

Ao final da celebração, o papa Francisco almoçou milhares de pessoas carentes que participaram da celebração do Dia Mundial dos Pobres. A data foi instituída por Francisco com a Carta Apostólica “Misericordia et misera”, publicada em 21 de novembro de 2016, na conclusão do Jubileu Extraordinário da Misericórdia.

 

Texto em português do Brasil

Exclusivo Editorial PV / Tornado

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