Em plena década de 60, enquanto a Pop inglesa fazia história produzindo bandas e discos que iam conquistando surpreendentes lugares cimeiros de vendas no Estados Unidos, a “prata da casa” respondia com um dos períodos mais criativos da história da música negra norte-americana, com os artistas da Motown Records a produzirem sucessivos êxitos.
A “brit-invasion” de Beatles, Rolling Stones, Hollies The Who etc rivalizava com os novos nomes da música negra americana, reunidos à volta das raízes dos blues e da soul music, mas agora com um som mais frenético, um som R&B, que a Motown produziu como ninguém.
A Motown Records, também conhecida como Tamla-Motown, acolhia então artistas como Martha & The Vandellas, The Four Tops, The Temptaions e The Supremes, entre muitos outros, todos capazes de manterem esta editora nos tops de vendas de discos.
E vendas neste tempo significavam sobretudo discos de 45 rpm, singles ou ep’s, com duas ou quatro canções. A produção destes pequenos “vinyls” era intensa, com as bandas e cantores a lançarem a um ritmo alucinante novos temas, numa luta desenfreada pela entrada no “top ten”. A guerra das audiências de então tinha o formato de um pequeno vinyl de 45 rotações.
E entre os principais “hit makers” da Motown brilhavam intensamente as estrelas das The Supremes: Barbara Martin, Diana Ross, Florence Ballard e Mary Wilson. Este grupo vocal feminino, mais conhecido por Diana Ross & The Supremes, gravou ao longo da década de 60 um largo punhado de canções, que são verdadeiros marcos do Rhythm & Blues. Em 1967, precisamente a 28 de Outubro um LP duplo, reunindo os grandes “hits” do grupo, chegava a Nº1 do Top USA. Uma “colecção” de canções que tornou este álbum duplo num dos mais vendidos de sempre.