Pedro Passos Coelho esteve na região Oeste esta Sexta-Feira, 12 de Fevereiro, para reunir com agricultores e visitar empresas do sector
Em Torres Vedras, o líder do PSD criticou o “intenso” aumento do imposto sobre os combustíveis, porque “vai ter impactos negativos nos transportes, na agricultura e sobretudo nas empresas exportadoras”.
Na freguesia de A-dos-Cunhados, uma das zonas com maior capacidade hortofrutícola do país, Passos Coelho visitou uma empresa produtora e esteve à conversa com o empresário Paulo Maria, proprietário de 12 hectares de estufas, a maior parte de tomate, todo destinado a exportação. Paulo Maria mostrou ainda uma nova estufa com um sistema inovador de aquecimento a biogás com caroço de azeitona, para potenciar o crescimento do tomate.
No local, Passos Coelho também discordou da aplicação do aumento do imposto ao gasóleo verde, que é exclusivo para agricultores, e confessou não entender o objectivo desse imposto se depois, segundo o Governo, esse montante cobrado vai ser devolvido. “Pede-se às pessoas que paguem mais impostos para que depois o Estado lhes dê mais dinheiro. Não tem uma grande explicação racional em termos económicos, não faz sentido”, afirmou.
O líder da oposição referiu que a agricultura é um dos sectores que vão ser mais penalizados por este aumento. Isso significa, na sua opinião, que nos próximos anos a agricultura portuguesa vai ser menos competitiva face aos congéneres europeus, apesar de ter ainda um grande potencial de crescimento e de exportação de produtos.