Nada de surpreendente! Ele nunca trabalhou. Quando recebeu a sua primeira remuneração ela não lhe adveio de nada que tenha conquistado ou criado com o seu esforço. Tampouco a declarou à Segurança Social ou achou estranho não o fazer precisamente por não considerar aquele rendimento proveniente do trabalho.
Este homem, que em toda a sua vida germinou à sombra de algum “protector”, quando primeiro-ministro, sem a faculdade de desvalorizar a moeda como ferramenta para incrementar as exportações, decidiu embaratecer os custos de produção em alternativa às políticas monetárias. Mas, havendo diversos factores de produção, foi sobre o trabalho que a sua foice se abateu, desvalorizando-o. Prosseguindo políticas consistentes de redução dos salários. Sendo “capataz”, por compadrio, dos que lhe deram a mão, na verdade dentro dele mora um lacaio. Um lacaio que odeia a condição de lacaio e os restantes que considera como tal. Por isso tenta ser o lacaio mais obediente, o mais esperto.
É por essa razão que lhe custa tanto ver aumentar o ordenado de referência de todos os ordenados: o ordenado mínimo nacional. Tal coisa avilta-o tanto que está disposto a ir contra ele próprio, esquecendo que quase foi apeado quando sugeriu a redução da TSU que agora renega.
O BE, o PCP e o PEV não são partidos da extrema-esquerda radical. Há muito que renunciaram a essa condição. São partidos do centro civilizado e por isso aceitaram o acordo imaginado por António Costa.
Radical e da extrema, neste caso direita, são Passos Coelho e a actual equipa que decide dos destinos do PSD. Às pessoas sãs e lúcidas apenas resta esperar que esta “doença infantil” da social democracia passe depressa.
É que já não se consegue aturar o homem (ou os seus peões de brega).