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Sábado, Novembro 2, 2024

PCP e Bloco não vão para o Governo de Costa

Costa Outubro 2015Será por vontade própria que o PCP e o Bloco de Esquerda não vão entrar no Governo que o PS está a preparar. Foi António Costa quem o revelou em entrevista, esta noite, à SIC. É uma decisão que o líder do PS diz respeitar, mas da parte dos socialistas, “não havia nenhuma exclusão à participação de personalidades do PCP e do Bloco”. Assim, uma vez votada uma moção de rejeição ao Governo PSD/CDS, na Terça-feira, o PS apresentará uma proposta de executivo constituído por socialistas e independentes. O Bloco, o PCP e os Verdes aceitam garantir, no Parlamento, a aprovação do programa negociado.

António Costa garante que se trata de uma solução estável e que respeita os compromissos internacionais assumidos pelo país, pelo que está convencido que Cavaco Silva não a travará. Até porque, “o Governo do PSD e CDS não tem condições de suporte na Assembleia da República e um Governo de gestão seria a pior solução para o país”.

Da lista de propostas negociadas à esquerda consta o aumento do salário mínimo nacional para 600 euros, que se fará ao longo da legislatura, ou seja, de quatro anos. Apesar desse aumento muito faseado no tempo, António Costa diz que haverá aumento real ao longo de todos os anos.

A devolução da sobretaxa será feita em dois anos. A taxa de IVA para a restauração passa para os 13% logo em Janeiro do próximo ano, haverá descongelamento das pensões e os salários dos funcionários públicos serão repostos.

O líder dos socialistas minimizou as críticas feitas por Francisco Assis e o peso daquele eurodeputado no partido, dizendo representar-se “a si próprio”. Insistiu que Assis fez as críticas sem conhecer o evoluir das negociações e os acordos conseguidos com os partidos de esquerda, coisa que, garante, ele próprio nunca faria. António Costa qualificou de “um bocado cínica” a ideia de Assis de o PS ficar na oposição, a apoiar o Governo até se deparar com uma boa oportunidade para o fazer cair.

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