Governar em nome de Deus
Só que na teocracia iraniana – que pretende governar em nome de Deus – a espiritualidade é a maior ameaça política, e por isso Mohammad é o maior dos perigos. Em processo típico do gangsterismo fanático do regime iraniano, Mohammad foi condenado a pagar 300.000 dólares – que apoiantes e familiares numa campanha internacional conseguiram juntar na esperança de o salvar – a 74 chicotadas e 5 anos de prisão. Cumpridos estes, em vez da libertação foi condenado à morte por inimizade a Deus.
Sujeito a tortura, em greve de fome, entrou em coma dando entrada no hospital de Teerão, de onde não se sabe o que lhe aconteceu, com a família e amigos expulsos à bastonada, e alguns deles presos quando o tentavam visitar.
A mãe de Mohammad, exilada no Canadá, fez um apelo dramático à comunidade internacional para que esta exija notícias do seu filho às autoridades do Estado Islâmico. É um apelo a que me associo e a que a todos convido a que se associem.