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Terça-feira, Dezembro 24, 2024

Península Ibérica uma ilha energética?

Nélson Abreu, em Los Angeles
Nélson Abreu, em Los Angeles
Engenheiro electrotécnico e educador sobre ciência e consciência. Descendente de Goa, nasceu em Portugal, e reside em Los Angeles.

Aproveitar a produção das fontes renováveis de electricidade obriga a interligar maior número de regiões. Quando uma zona tem excesso de energia, outra pode ter deficit, podendo aproveitar cada nova possibilidade.
Portugal já tem um mercado comum de energia com Espanha. Assim, quando o consumo em Portugal baixa, as suas eólicas e barragens podem exportar energia para Espanha. Se houver menos produção renovável Portugal pode importar a energia em falta de Espanha.

No entanto, há momentos em que as renováveis portuguesas e as nucleares espanholas excedem a procura elétrica da península. Neste casos o que se poderia fazer?

O problema é que a interligação entre a península e o resto da Europa é demasiado ineficiente, tornando Portugal e Espanha numa ilha energética.

Assim, as interligações com a Europa deveriam passar dos actuais 1,6% para 15% da capacidade para que pudessem exportar mais energia. Isto para França e outros pontos da Europa.

A Península Ibérica precisa limitar a dependência energética da Europa e ainda do gás russo, reduzindo os custos fixos para os seus consumidores nacionais. Falta-nos, ainda, infraestruturas que nos permitam ser maiores exportadores de energia.

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