Em vésperas do encerramento da Cimeira do Clima que decorre em Paris por estes dias, as autoridades chinesas emitiram um alerta devido à extrema poluição atmosférica. Pequim apresenta o mais grave de quatro níveis de poluição, depois de três dias consecutivos sob um nevoeiro denso com forte odor a carvão.
Esta situação levou ao encerramento de várias escolas, à proibição de circulação de viaturas provadas, churrascos e lançamento de fogo de artifício, à limitação de emissão de gases pela indústria e as autoridades ponderam ainda o encerramento de auto- estradas devido à fraca visibilidade. O nevoeiro e o alerta ontem (Segunda-Feira) decretado deverão estender-se até Quinta-Feira.
Nesta Segunda-Feira foram registados 300 microgramas por metro cúbico de PM2,5 (partículas em suspensão com diâmetro menor do que 2,5 milésimos de milímetro), bem longe do valor de referência da Organização Mundial da Saúde (OMS) que se situa nas 25. Já em Novembro, a China tinha registado um índice elevado de poluição quando uma vaga de frio levou a um maior uso de aquecedores (energia produzida a carvão).
A China está entre os países mais poluentes, sobretudo devido à indústria do carvão. No início do mês de Dezembro, o país ordenou o encerramento de 2100 fábricas devido ao agravamento dos gases emitidos para a atmosfera. Já na semana passada, em plena conferência do clima, em Paris, a China anunciou que pretende reduzir as emissões das suas centrais a carvão em 60% até 2020, fazendo uma renovação daquelas estruturas.