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Quinta-feira, Setembro 26, 2024

“Perlas” – filmes premiados noutros grandes festivais

José M. Bastos
José M. Bastos
Crítico de cinema

72º FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA DE SAN SEBASTIÁN

Como acontece todos os anos a secção “Perlas” / Pérolas (em basco, Perlak) reúne uma selecção de filmes que competiram e foram premiados nos principais festivais de cinema e que, por esse motivo, não podem integrar a secção oficial de San Sebastián.

É o caso de:

  • “Ainda Estou Aqui”, do brasileiro Walter Salles, com Fernanda Torres, Selton Mello e Fernanda Montenegro. Prémio do melhor guião e Prémio SIGNIS no muito recente Festival de Veneza. Esta é uma história de resistência à ditadura militar nos anos 70 do século passado, centrada numa família e construída a partir de um relato de memórias;
  • “All we imagine as light” (A luz que imaginamos) da cineasta indiana Payal Kapadia, ‘Grande Prémio’ do Festival de Cannes;
  • “Anora”, do norte-americano Sean Baker, ‘Palma de Ouro’ do Festival de Cannes. A história de uma jovem tabalhadora sexual de Brooklin que procura concretizar a oportunidade de casar com o filho de um oligarca russo;
  • “Bird” de Andrea Arnold (Reino Unido), presente na secção oficial do Festival de Cannes;
  • “The Seed of the Sacred Fig” do cineasta iraniano Mohamamad Rasoulof, Prémio Especial do Júri e Prémio da Crítica no Festival de Cannes. Prestes a completar 52 anos de idade, o realizador vencedor do Urso de Ouro de Berlim em 2020, vive exilado na Europa depois de ter sido preso várias vezes pelo regime do Irão e de ter o passaporte confiscado. O anúncio da selecção deste filme pelo Festival de Cannes valeu-lhe uma sentença de oito anos de prisão.
  • “En Fanfare” do francês Emmanuel Courcol, presente na seleção oficial de Cannes;
  • “Megalopolis”, o mais recente trabalho de Francis Ford Coppola, um filme épico de drama e ficção científica, concorrente à ‘Palma de Ouro’ de Cannes;
  • “Memory of a snail” (Memórias de um caracol), um filme de animação australiano realizado por Adam Elliot, vencedor do Festival de Annecy;
  • “Oh, Canada!”, candidato à ‘Palma de Ouro’ de Cannes, realizado pelo celebrado cineasta norte-americano Paul Schrader e com Richard Gere e Uma Thurman no elenco. “Oh, Canada‘ conta a história de um exilado que fugiu para o Canadá durante a guerra do Vietname;
  • “Parthenope”, do italiano Paolo Sorrentino, que integrou a seleção oficial de Cannes;
  • “The Substance” da francesa Coralie Fargeat, vencedor do prémio do melhor guião no Festival de Cannes, com Demi Moore e Dennis Quaid no elenco;
  • “A Traveler’s Needs” (Necessidades de uma viajante) do sul coreano Hong Sangsoo com Isabelle Huppert no papel principal. Grande Prémio do Júri do Festival de Berlim;
  • “Maria Callas: Letters and Memories” de Tom Volf e Yannis Dimolitsas, uma viagem pela intimidade da lendária cantora, interpretada por Monica Bellucci;
  • “The Wild Robot”, filme de animação do norte-americano Chris Sanders.

O filme de abertura da secção “Perlak” é “Emilia Perez” do realizador francês Jacques Audiard, a história de uma advogada com pouco sucesso que encontra uma inesperada oportunidade de enfrentar um grande desafio. Dois prémios no Festival de Cannes: Prémio do Júri e prémio para a melhor actriz, atribuído às interpretes do filme (Zoe Saldana, Selena Gomez, Karla Sofía Gascóin e Adriana Paz).

No encerramento “Marco“ dos realizadores bascos Jon Garaño e Aitor Arregi (“Loreak”, “Handia” e “Una Trinchera Infinita”) que desta feita nos trazem a história de um homem que se faz passar por um ex-prisioneiro dum campo de concentração nazi. O filme esteve presente no Festival de Veneza.

‘Zabaltegi / Tabakalera’ , uma zona aberta, um espaço de liberdade

A mais histórica secção do festival alberga todo o tipo de filmes: curtas e longas e metragens, documentários, ficções e trabalhos experimentais, obras de alunos de escolas de cinema ou de realizadores completamente consagrados.

Merece especial destaque a presença da actriz e realizadora francesa Mati Diop, vencedora do ‘Urso de Ouro’ de Berlim com “Dahomey”, a georgiana Dea Kulumbegashvili distinguida com a ‘Concha de Ouro’ de San Sebastián em 2020 com “Beggining” (em Portugal, O Começo) e que agora apresenta “ April” um drama sobre o aborto proibido no país natal da realizadora, há poucos dias Prémio Especial do Júri do Festival de Veneza, Arnaud Desplechin que homenageará o cinema com “Spectateurs!” e Leos Carax que apresentará a curta “C’est pas moi”.

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