A Amnistia Internacional irá realizar no Porto, na próxima noite de 6 de maio, no Largo de entrada dos Jardins do Palácio de Cristal junto à Rua D. Manuel II, pelas 21h uma vigília sobre a actual situação dos Direitos Humanos na Índia.
Esta será a primeira ação de ativismo de rua da Amnistia Internacional em tempo de pandemia, para pressionar o governo indiano a terminar com a repressão às pessoas que defendem os direitos humanos, bem como a todos os dissidentes de opinião naquele país, especialmente na presente situação de agravamento da pandemia no país.
A Índia deve cumprir os seus compromissos e proteger o direito à saúde, o direito à vida e todos os defensores de direitos humanos. Com o número de infeções por Covid-19 a disparar e o silenciamento dos que criticam a resposta do Governo indiano à pandemia, é visível o desrespeito pelos direitos humanos e é, por isso, urgente que eles estejam no centro da agenda da Cimeira UE-Índia.
A ação decorrerá num momento-chave da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, no qual vários Estados-Membro da União Europeia se irão reunir no Porto, para a Cimeira União Europeia-Índia a 8 de maio, onde Narendra Modi, primeiro-ministro da Índia, participará remotamente. É a oportunidade ideal para agir e incitar os líderes europeus a pressionar Narendra Modi a acabar com a perseguição e intimidação à sociedade civil no país que se verifica desde que assumiu o cargo, em 2014.
Consulte
- A situação de Direitos Humanos na Índia e a ação da Amnistia Internacional
- O Relatório Anual sobre o Estado dos Direitos Humanos referente à Índia
Petição / Acção:
- A petição a apelar à proteção dos direitos humanos na Índia está disponível.
- A vigília, na noite de 6 de maio, representará todos aqueles que participaram na petição através de velas acesas. De acordo com as boas práticas de circulação e distanciamento social em contexto de pandemia, não convocamos a população a estar presente fisicamente. Assim, acenderemos tantas mais velas quanto mais assinaturas a petição tiver, e é este símbolo que marcará a presença de luz na vigília de todos os que participaram nesta ação.
- As assinaturas recolhidas serão enviadas aos vários líderes europeus no contexto da cimeira União Europeia – Índia e aos embaixadores da Índia na Europa.
Informação adicional
Entre os vários casos de repressão na Índia, destaca-se a prisão do Padre Stan Swamy, de 84 anos, em outubro de 2020, pelo seu trabalho em prol da proteção dos direitos humanos, nomeadamente dos direitos dos povos indígenas. Stan Swamy encontra-se na prisão de Mumbai com outros 15 ativistas e membros de ONG’s, sob acusações de “terrorismo e cumplicidade com rebeldes maoístas”. O padre jesuíta sofre de Parkinson e perda auditiva e, apesar do aumento de casos de COVID-19 nas prisões indianas e da atual situação preocupante da pandemia no país, ainda não foi vacinado.
É neste contexto que os Jesuítas, que têm acompanhado o caso e unido esforços para a sua libertação, estarão associados a esta vigília. O Diretor de comunicação dos Jesuítas, padre José Maria Brito, também estará na vigília.