Pede-lhe ele: Em vez de palavras e aplausos põe beijos na minha boca.
Ela incendeia-o devagarinho.
Se estão junto ao mar oceaniza-o.
Voltemos ao palco.
Ele não é um bom tribuno.
E dispara com a frequência habitual como o faz na roda de amigos: esses pensadores, essas agitadoras… quereis lá saber dos abraços, com ou sem experiência… e vejo tantos por aqui…
Dizeis-vos, porém, pessoas belíssimas e boníssimas.
Sobretudo vós, mulheres, vós chamas!
Vós não quereis saber das saudades que andam por aí sem destino… ah, sim, talvez os poetas! Os poetas… ihihihih.
Sabes? Só tenho vontade de gostar de ti que também achas que a música não é só para os homens tristes.
E concordas comigo que é chato ficar velho sem um forte motivo.
E anavalhado.
Quando os aniversários já são apenas peregrinos e levam-nos a dançar sobre pregos.
A de aniversário. Alguém me disse, meu amor, que com o A no inicio o mar fica muito maior. Olha, foi um desses pensadores.
E aquela agitadora que me disse que um amigo morreu de amor e que por isso continua…a viver?
Ela está aqui…não consegue deixar de olhar para mim.
Sabes? Gosto de ti, mas, perguntei tantas vezes se algum dia encontraria a pessoa que também andaria à minha procura, que ela chegou, foi ao fim da tarde, ficou, sorriu e, amando-me, deu-se como doida e achou-me igualmente doido.
E disse: que o sejas! Os doidos também merecem a felicidade.
E perguntou: como gostas do café? – contigo!
Meus senhores e minhas senhoras e tu única que me tens aplaudido: ter dúvidas é saber.
Ficai então a saber que a vodka que bebi esta noite virou-me do avesso e descobri que o avesso é o meu lado certo.
E agora, vou-me sentar, e pedir à banda que toque qualquer coisinha que eu quero dançar.