Decorre uma campanha de Natal promovida pelo Governo.
E o que quer promover o Governo?
Produtos portugueses.
E que os portugueses os comprem nesta época.
E então temos uns rostos aluados, outros sorridentes, outros admirados, mas todos mudos.
Têm todos, à vez, uns pacotes fechados nas mãos.
Por fim fica-se a saber, porque se ouve uma voz off, que «aquilo» quer dizer que são «produtos portugueses».
O quê? Não se sabe! Aquilo mais parece um jogo da cabra cega.
Deduz-se que devem ser tão maus que o melhor é nem os mostrar.
Este anúncio deve ter sido feito para fazer sofrer.
O seu mentor deverá querer transmitir uma mensagem do género «Quero que saibas que não sei o que quero que tu saibas!»
Isto depois de eu ter posto os cornos de molho durante uns dias até descodificar o que o sacana do mentor terá supostamente colocado nos embrulhos:
Nada!
Portugal a julgar pela campanha não tem, pois, nada para oferecer, nada que se compre.
Mas tem e muito, tanto e tão bom, que até dá para dividir.
Pois, como disse, esse sim, grande comunicador, Arnaldo Jaber:
Mulher bonita demais e melancia grande, ninguém come sozinho.
Estás a ver Governo? Falavas comigo e gastavas muito menos.