Abre na próxima sexta-feira, 10 de Fevereiro, a Associação Casa da Comunidade Portuguesa em Angola. Trata-se de uma instituição que visa prestar apoios em questões jurídicas, de saúde, lazer e do convívio à todos os portugueses residentes em Angola.
Numa entrevista concedida à Lusa, a fundadora da referida associação, Ricardina Borges, disse que os portugueses já mereciam uma instituição dessa:
“Ao longo destes anos sempre senti uma fragilidade muito grande da comunidade portuguesa, muito desunida e sem apoio. Foi isso que me motivou a avançar, há dois anos, com este projecto. Era necessário ter em Angola uma associação que trabalhasse com a comunidade portuguesa e directamente com o consulado e com a embaixada de Portugal. Com fins sociais, sem fins lucrativos, sendo que o apoio que vamos prestar vai desde as questões jurídicas, à área da saúde, a famílias com carências, evacuação médica, além do lazer e do convívio”.
Justificou a fundadora da associação. Ricardina Borges é uma advogada de 53 anos, é portuguesa mas que nasceu em Angola, mas propriamente na província do Huambo, a advogada voltou à Angola há 10 anos onde reside até hoje.
A Associação Casa da Comunidade Portuguesa em Angola, estará localizada no município de Viana, província de Luanda. Segundo a direcção da associação, a cerimónia de abertura contará com a presença do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro. Segundo ainda a fundadora, a associação vai funcionar em Viana, sendo que é o município com o maior número de portugueses em Luanda, por ser o principal polo industrial da capital.
Ricardina Borges acrescentou ainda que a associação pretende apoiar os portugueses nos mais variados problemas que a comunidade enfrenta em Angola:
“Queremos apoiar a integração dos portugueses na comunidade, fazer a ponte com as várias instituições angolanas, além realizar eventos culturais e de convívio. No apoio social, queremos ajudar na trasladação de corpos, um problema que se sentiu muito no último ano. Apareceram muitos casos de famílias, sobretudo devido à malária, que afetou muitos portugueses”.
Inicialmente a associação sobreviverá com o com o apoio financeiro dos associados, sendo que 3.000 kwanzas é o valor da inscrição de cada associado, a quota mensal é de 1000 kwanzas. Mas Ricardina Borges, disse que futuramente poderão contar também com o apoio do Estado português.
Informação adicional
A Associação Casa da Comunidade Portuguesa em Angola situa-se em Viana, no Condomínio Ginga Isabel (com entrada pelo meio do Ginga Shopping), na Rua dos Resedás, casa n.º 23.
Mais informações poderão ser obtidas na página web da Associação, onde é ainda possível efectuar a inscrição. A partir do dia 10 de Fevereiro, a associação estará a funcionar para todos os associados.