Várias centenas desembarcaram ontem no porto de Dikili, entre eles mais de 130 paquistaneses, 66 afegãos e alguns cidadãos do Bangladesh, mas as populações turcas estão revoltadas com os problemas que a situação pode trazer ao turismo naquelas localidades.
“Eu não quero aqui os refugiados, pois esta é uma cidade costeira muito bonita”, lamentou uma habitante ao Euronews. “Onde é que eles vão ficar e o que vai acontecer a seguir?”, indagou. “Estamos todos muito preocupados”, desabafou a mesma habitante.
Outros habitantes da mesma localidade sugeriram ao Euronews que os migrantes fossem colocados noutros locais, “talvez mais próximo da fronteira, para poderem voltar para o país deles”, defenderam.
Amnistia Internacional acusa Turquia de forçar sírios a regressar
A Amnistia Internacional denunciou, no passado dia 1 de Abril, alguns dos efeitos mais nefastos do acordo entre a União Europeia e a Turquia, acusando ainda as autoridades turcas de obrigarem os refugiados sírios a voltarem ao seu país, apesar da guerra civil em curso.
Estima-se que mais de um milhão de refugiados tenham atravessado o mar Egeu rumo à Europa em 2015, um fluxo que terá diminuído significativamente após a entrada em vigor do acordo turco-europeu, de acordo com dados das autoridades gregas.