A informação é dada pela Delegação da Frente Polisário em Portugal, através de comunicado recebido, ontem (22), na redacção do Tornado.
Lê-se, no comunicado, “Estes 24 activistas de defesa de direitos humanos, 21 detidos, 2 que já sairam em liberdade em 2013 e 1 em liberdade condicional foram ilegalmente julgados num tribunal militar marroquino em Fevereiro de 2013, a 21 deles foram atribuídas penas que vão de 20 anos a cadeia perpétua”.
De acordo com inúmeras ONG’s o julgamento foi considerado ilegal, por conter “grave erros processuais, evidências de tortura, sequestro, detenção arbitrária e nenhuma das acusações foi provada, além de se tratar de um julgamento extraterritorial, nulo de pleno direito”.
O comunicado acrescenta, “Os activistas foram sequestrados, detidos e torturados nos dias e semanas após o brutal desmantelamento, por parte das autoridades marroquinas de ocupação, do acampamento de protesto Gdeim Izik, nos territórios ocupados do Sahara Ocidental, que durante um mês reuniu dezenas de milhares de saharauis, homens, mulheres e crianças num protesto pacífico exigindo os seus direitos sociais, económicos e o direito à autodeterminação”.
No julgamento agendado para 26 de Dezembro estarão presentes observadores internacionais, entre os quais uma portuguesa, “caso Marrocos não obstaculize a presença, nem expulse os observadores como tem vindo a fazer de forma impune nos últimos dois anos, com mais de 200 expulsões de observadores, jornalistas e membros de organizações de Direitos Humanos numa clara tentativa de impor o silêncio mediático sobre a última colónia de África”.