“O benefício mandado por Deus não acorda o que dorme”
Provérbio africano
A conjuntura desafiante e favorável que se vive actualmente na República de Moçambique, permite-nos pensar e repensar no relançamento do turismo no país que já foi considerado o mais pobre e miserável do mundo apesar de todo o seu enorme potencial. Espera-se que uma nova postura do governo da Frelimo e a contribuição decisiva e construtiva da oposição moçambicana liderada pela Renamo e MDM para a consolidação do processo democrático em curso, com um nível de exigência maior e a participação cada vez mais activa da sociedade civil no processo de reconstrução.
Todos estes factores nos levam a apostar, a pensar e repensar Moçambique como destino turístico desejável, apetecível e viável, dentro de um quadro de medidas de investimento prioritário para criação de garantias de uma segurança efectiva (vide situação em Cabo Delgado”problemas de terrorismo pseudo-religioso” ou Manica e Sofala “fenómenos naturais”, nesse caso de prevenção) que possibilitem o desenvolvimento do turismo nacional (como fonte e factor de riqueza) e consequentemente de todo o país.
A proposta de estratégias de desenvolvimento do sector apresentará os seguintes vectores:
- A defesa rigorosa da qualidade dos serviços e equipamentos através da elaboração de regulamentação resultante de legislação;
- A melhoria do conhecimento e da base científica que constituem o apoio à tomada de decisões, quer do sector público, quer do sector privado (através da criação, desenvolvimento, investimentos em escolas desta área específica);
- Aumento do investimento em equipamentos de animação e respectivas infraestruturas (sobretudo apostando na reabilitação, renovação e modernização das já existentes);
- O reexame rigoroso do enquadramento ambiental e da qualidade estética dos equipamentos dos destinos turísticos;
- A diversificação da oferta de produtos turísticos, investindo em infraestruturas e promovendo o turismo a nível nacional (nas zonas centro e norte do país sobretudo);
- O reforço, descentralização e intensificação das acções inspectivas, em colaboração com as novas autarquias (Conselhos municipais), de modo a controlar a qualidade dos pontos turísticos (por exemplo: condições das cozinhas, qualidades dos frigoríficos, qualidade das refeições, preços praticados, higiene das infraestruturas e qualidade e validade dos produtos nacionais ou estrangeiros);
- O fomento dos factores relacionados com o acolhimento do visitante, no que respeita à hospitalidade, à higiene, à simpatia e à comunicabilidade do povo moçambicano (uma forte imagem de marca);
- A continuação do esforço de modernização de infraestruturas centrais/nucleares e de apoio, designadamente nos transportes, comunicações, energia, saneamento básico, telecomunicações, segurança, etc;
- Levantamento rigoroso e criterioso de infraestruturas e património histórico colonial e pós-colonial (pós-independência) que constituam efectivamente mais valias para o incremento do turismo nacional e a entrada de divisas;
- Maior investimento na publicidade e marketing da marca Moçambique.
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