Diário
Director

Independente
João de Sousa

Segunda-feira, Novembro 4, 2024

PSD a meias ou partido!?

Joaquim Jorge, no Porto
Joaquim Jorge, no Porto
Biólogo, Fundador do Clube dos Pensadores

Rui Rio venceu Santana Lopes, todavia uma vitória em democracia significa pouco, pois pode ser revertida, manipulada, deformada, e sobretudo, sistematicamente atraiçoada.Rui Rio e Santana Lopes, apesar das suas divergências de ideias e forma de abordar o PSD futuro, trataram de encontrar um ponto médio de acordo, foi uma atitude prudente e recomendável.

Quando há um acordo, tem que se ceder algo e ninguém perde tudo.

As diferenças de posição foram tão evidentes que tratar ambas as partes como equivalentes não seria o melhor método. Até por respeito ao mérito moral e político de Rio e Santana.

O problema é que este acordo não existe: limitaram-se a distribuir lugares, e mal, pelos seus apaniguados

Os dois litigantes fizeram-no por comodidade e passar uma imagem de simpatia. Em vez de um PSD a meias há um PSD partido ao meio.

Neste Conselho Nacional que era importante a presença de Santana Lopes, não só esteve ausente como esteve na televisão a tecer criticas em souplesse.

Os apoiantes de Santana Lopes sugerem um Congresso extraordinário antes das eleições legislativas de 2019.

Enquanto quem fez o acordo está em desacordo, Luis Montenegro, apadrinhado por Miguel Relvas, despediu-se da política num jantar, para dizer um até já.

Santana Lopes ainda não percebeu que o podem estar a usar e paulatinamente a ocupar o seu espaço.

O PSD não se pode partir ao meio e cada um levar o seu PSD. Os militantes do PSD têm direito a um partido inteiro e os portugueses merecem votar num partido inteiro.

Vamos a coisas práticas, está um prédio a arder de quatro andares e estão lá 2 pessoas. Uns aconselham a descer do 4.ºandar pela janela, outros aconselham a descer pelas escadas.

O conselho de descer quatro pisos por métodos diferentes, o resultado será diferente apesar de parecer equivalente.

Na disputa entre Rio e Santana não houve um vencedor nítido nem um vencido nítido.

Entre a humilhação e a guerra deveria haver alguma acalmia, apesar, de Rio nada fazer por isso pelas suas escolhas erráticas.

O PSD lembra-me uma peça de Shakespeare “A Comédia dos Erros”. António Costa agradece e está à espera do Outono de 2019 para dar o xeque-mate (vencer as eleições legislativas).

Receba a nossa newsletter

Contorne o cinzentismo dominante subscrevendo a nossa Newsletter. Oferecemos-lhe ângulos de visão e análise que não encontrará disponíveis na imprensa mainstream.

- Publicidade -

Outros artigos

- Publicidade -

Últimas notícias

Mais lidos

- Publicidade -