Rui Rio venceu Santana Lopes, todavia uma vitória em democracia significa pouco, pois pode ser revertida, manipulada, deformada, e sobretudo, sistematicamente atraiçoada.Rui Rio e Santana Lopes, apesar das suas divergências de ideias e forma de abordar o PSD futuro, trataram de encontrar um ponto médio de acordo, foi uma atitude prudente e recomendável.
Quando há um acordo, tem que se ceder algo e ninguém perde tudo.
As diferenças de posição foram tão evidentes que tratar ambas as partes como equivalentes não seria o melhor método. Até por respeito ao mérito moral e político de Rio e Santana.
O problema é que este acordo não existe: limitaram-se a distribuir lugares, e mal, pelos seus apaniguados
Os dois litigantes fizeram-no por comodidade e passar uma imagem de simpatia. Em vez de um PSD a meias há um PSD partido ao meio.
Neste Conselho Nacional que era importante a presença de Santana Lopes, não só esteve ausente como esteve na televisão a tecer criticas em souplesse.
Os apoiantes de Santana Lopes sugerem um Congresso extraordinário antes das eleições legislativas de 2019.
Enquanto quem fez o acordo está em desacordo, Luis Montenegro, apadrinhado por Miguel Relvas, despediu-se da política num jantar, para dizer um até já.
Santana Lopes ainda não percebeu que o podem estar a usar e paulatinamente a ocupar o seu espaço.
O PSD não se pode partir ao meio e cada um levar o seu PSD. Os militantes do PSD têm direito a um partido inteiro e os portugueses merecem votar num partido inteiro.
Vamos a coisas práticas, está um prédio a arder de quatro andares e estão lá 2 pessoas. Uns aconselham a descer do 4.ºandar pela janela, outros aconselham a descer pelas escadas.
O conselho de descer quatro pisos por métodos diferentes, o resultado será diferente apesar de parecer equivalente.
Na disputa entre Rio e Santana não houve um vencedor nítido nem um vencido nítido.
Entre a humilhação e a guerra deveria haver alguma acalmia, apesar, de Rio nada fazer por isso pelas suas escolhas erráticas.
O PSD lembra-me uma peça de Shakespeare “A Comédia dos Erros”. António Costa agradece e está à espera do Outono de 2019 para dar o xeque-mate (vencer as eleições legislativas).