O Expresso é um jornal bem informado sobre tudo o que se refere ao Presidente Marcelo. Não pode pois deixar sem explicação a manchete do último sábado que afirmava “estar à vista” um acordo entre o Presidente e o primeiro-ministro António Costa para renovar o mandato da Procuradora-Geral da República, Joana Marques Vidal.
O facto de o Expresso ter feito manchete com a noticia, citando “fontes próximas do processo”, significa que a fonte era confiável, tanto mais que a autora da noticia, a jornalista Angela Silva, assina semanalmente naquele semanário noticias exclusivas sobre o Presidente.
Temos pois que ou a fonte do Expresso estava mal informada e não cuidou de confirmar a informação ou foi ela própria enganada. Há ainda o enigma de o Presidente não ter desmentido a noticia logo no sábado quando o Expresso saiu, o que teria evitado o arrastar das especulações. Por outro lado, o Presidente manteve tempo demais uma posição ambígua deixando crescer a convicção de que nomearia Joana Marques Vidal para um segundo mandato.
Alguém andou a divertir-se a alimentar a hipótese de recondução de Joana Marques Vidal, induzindo em erro o Expresso e os media que correram a reproduzir o “acordo” entre Marcelo e Costa.
Ora, independentemente das polémicas político-partidárias em torno da substituição da actual Procuradora-Geral, a bem da credibilidade do jornalismo impõe-se que o Expresso explique o que o levou a publicar uma notícia falsa sobre um assunto que dividiu o País durante meses a fio.
Exclusivo Tornado / VAI E VEM
Receba a nossa newsletter
Contorne o cinzentismo dominante subscrevendo a Newsletter do Jornal Tornado. Oferecemos-lhe ângulos de visão e análise que não encontrará disponíveis na imprensa mainstream.