Augment Reality (AR ou Realidade Aumentada) é a tecnologia que sobrepõe informação digital sobre a nossa visão natural. Com a AR, um turista pode ver o nome e história de um monumento durante a sua visita. A informação pode ser projectada através de um dispositivo inteligente, nos seus óculos, em lentes de contacto avançadas, e num dia até poderá ser feito através de um mini-projectores, hologramas ou interfaces biológicas.
O comum hoje, é apontar a câmara de uma tablet ou smartphone e ver informações, imagens, e efeitos adicionais sobrepostos. É a base de projectos de arte, ferramentas técnicas e jogos como o famoso Pokémon Go. Com AR, é possível olhar para um terreno vazio através de um ecrã, e visualizar um prédio novo.
Além do AR, já existe a realidade virtual (VR). Aqui, desligamos dos nossos arredores e fazemos uma imersão multi-sensorial numa outra realidade digital. É possível caminhar num salão vazio mas pensar que estamos em Roma, numa nave espacial ou até dentro de um jogo. Também podemos simular situações para treinar uma profissão ou desporto e até para enfrentar e superar um medo. Existe a preocupação que poderá ser uma forma de alienação intensa da realidade e dos relacionamentos reais.
Existe, no entanto, uma terceira vertente que podemos chamar de Realidade Interna ou Consciencial (IR ou Internal Reality; CR ou Consciousness Reality). Nesta tendência, a tecnologia facilita o acesso à informação que vem de dentro de cada um: o sub-consciente, os sinais biológicos, as memórias, as emoções, a imaginação, a intuição, os sonhos e outros estados alterados da consciência.
Até certo ponto, trata-se de aumentar a realidade, mas a fonte é mentalmente interna e não digital. Também podemos pensar a cerca do nosso microcosmo mental como um tipo de realidade virtual da consciência. No entanto, embora possa produzir uma imersão profunda, acabamos sempre por abrir os olhos e retornar à realidade quotidiana.
Com a Realidade Interna, é possível reduzir a dor, ansiedade e stress através de estados alterados e mindfulness. Também é possível simular situações com sonhos lúcidos, por exemplo, que aumentam a nossa capacidade de resolver problemas com criatividade (insight), estudos indicam. Numa economia onde a inovação e rapport tem mais valor que sempre, num mundo que precisa de novas e mais conscientes formas de pensar e agir, a Realidade Interna pode ajudar a encontrar inspiração para ideias novas e auto-consciência e bem-estar interno para desenvolver a ética e relacionar melhor com os demais.
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