Convido-vos a este exercício. «O exercício literário implica uma profunda liberdade de expressão, muito embora haja quem defenda que estas demais liberdades também têm algumas balizas e limites».
25 de Maio – Dia de África
Convido-vos a este exercício. «O exercício literário implica uma profunda liberdade de expressão, muito embora haja quem defenda que estas demais liberdades também têm algumas balizas e limites».
E, para Lopito Feijóo – autor da frase anterior -, as Bienais de Culturas Lusófonas – onde ele é um dos participantes repetentes – transformaram-se num necessário espaço de debate que, «cada vez mais escasseia entre nós».
Aí coloca-se «a necessidade de maior abertura ao debate, em função – inclusive – dos desígnios da própria escrita e do pensamento». Dizeres sapientes do meu amigo, escritor de muitos amores com poesia, com quem conversei no âmbito da VII Bienal de Culturas Lusófonas que decorre em Odivelas (periferia de Lisboa).
Feijóo alerta que «hoje, a relação escritor, editor, livreiro e leitor está totalmente fracassada. É uma relação que, hoje, está em perigo». Por exemplo, em Angola publicam-se cerca de dois mil títulos por ano. «Mas quem lê?», questiona o meu entrevistado. «Os livros não se vendem!!!», remata.
No entanto, o autor de “Experimentais Poépicos” (Poesia) acredita que «ela vai rejuvenescer e se recompor». Admite, «vamos ter que trabalhar muito», sendo para isso necessário o recurso ao debate de modo a se encontrar uma solução para esta questão levantada no Encontro de Escritores (24 e 25 de maio).
por João Carlos
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