As conclusões dos relatórios, quer de Tancos quer sobre os Incêndios, mostra que não há culpas, mas desculpas.Sobre Tancos e o roubo de armas, falharam as rondas, os meios, a videovigilância, a infra-estrutura, as inspecções, entre outros. Mas não há culpados.
Provavelmente a culpa foi das armas que estavam em Tancos, se não estivessem lá não aconteceria este episódio. Digo eu!
Nos incêndios as conclusões do relatório, para além de inúmeras deficiências, as condições meteorológicas foram culpadas de tanta tragédia. Neste caso, a Ministra da Administração Interna Constança Urbano de Sousa saiu depois de muita pressão. Mas não acho que a Ministra fosse a principal culpada.
Mas, há aqui algo que é secular em Portugal, a dificuldade de relacionamento entre as vozes de comando que se julgam mais importantes umas de que outras: Protecção Civil, Bombeiros, entre outras.
Neste caso a culpa, em parte, foi do tempo e de quem estava no terreno, que não se entendiam e, em parte, do governo pela escassez de meios.
Mas, a moral da história é que: ”a culpa em Portugal morre solteira”. Isto é a culpa nunca encontra quem a queira, ou seja, quem a assuma, que nunca se encontra nem ninguém aceita ser o culpado (ou seja, a culpa nunca se “casa“, ninguém quer “casar” com ela, morre solteira).