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Quarta-feira, Julho 17, 2024

Ronda da Noite, Rembrandt

Guilherme Antunes
Guilherme Antunes
Licenciado em História de Arte | UNL

Esta é a minha obra-prima preferida do artista e tida como a pintura simbólica da unidade da nação holandesa. Creio não andar muito afastado da realidade, se afirmar que a defesa orgulhosa da bandeira holandesa, far-se-ia com a mesma determinação na gloriosa protecção desta pintura, aliás, bem patenteada nos cuidados tidos pelo povo, por altura da invasão da besta nazi.

É uma composição bem dotada de eixos diagonais, que lhe conferem uma dinâmica extraordinária, seguramente realçada no seu insuperável “chiaroscuro”, isto é, os contrastes admiráveis das fortes luzes e das sombras. É o centro unificador da obra, que comporta uma gama inexcedível de pormenores fundamentais. A fulgurância exposta dos metais, a riqueza expressiva das vestes, o pitoresco assinalar do cão (à direita) assustado perante o som do tambor, etc.

 

Rembrandt Harmenszoon Van Rijn  (1606-1669)

Pintor e gravador holandês, é considerado um dos mais importantes pintores do barroco europeu. Filho de uma família simples e com muitos irmãos, Rembrandt estudou latim quando era criança. Nesta época, já demonstrava grande interesse pela pintura. Ainda jovem,  matricula-se na Universidade de sua cidade natal, Leiden.

Aprendiz do pintor holandês Jacob van Swanenburgh, pouco depois, abriu o seu próprio estúdio de arte na sua cidade.

Em 1629, o seu talento foi descoberto e conseguiu várias encomendas de pinturas para a corte de Hague.

Nas décadas de 1630 e 1640 seu nome tornou-se conhecido no cenário artístico holandês e europeu. Grande parte de suas obras famosas foi realizada neste período. Na primeira fase de sua produção artística (1625 – 1630), Rembrandt abordou temas religiosos e alegóricos.

Na primeira metade da década de 1630, Rembrandt abordou temas mitológicos, cenas da Bíblia e paisagens naturais.

Na década de 1640, o pintor passou a adoptar um tom mais sombrio nas suas pinturas. O formato reduziu de tamanho.

Na década de 1650, Rembrandt optou por um estilo mais detalhado e fino. Com cores fortes, retratou personagens bíblicos de forma individual.

Nos últimos anos de vida, Rembrandt pintou auto-retratos.

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