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Segunda-feira, Dezembro 23, 2024

Resistência aos antibióticos ameaça saúde pública mundial

A Organização Mundial de Saúde (OMS) voltou a alertar esta semana para o alto nível de resistência aos antibióticos, que afecta mais de meio milhão de pessoas pelo mundo, independentemente do seu nível de prosperidade.De acordo com o relatório do sistema de acompanhamento global, que vai monitorizar os casos de superbactérias resistentes aos antibióticos até 2019, trata-se de uma grave ameaça à saúde pública à escala global. Porém, a situação crítica pode ser bem pior que a relatada, já que apenas foram analisados 22 países, e se nada for feito para a combater, os piores cenários estimam que as mortes podem chegar aos 10 milhões em 2050.

As infecções por bactérias resistentes aos fármacos aumenta a duração das doenças e o risco de morte, assim como os custos de cuidados de saúde associados, sublinha a organização ao aconselhar os cidadãos a usar antibióticos apenas quando prescritos por um médico, a completar todas as doses prescritas, e a não os partilhar com outras pessoas.

A OMS recomenda também o aumento de vigilância por parte dos profissionais de saúde e farmacêuticos, que são aconselhados a melhorar a prevenção e o controlo das infecções, limitar a prescrição e prescrever antibióticos somente quando necessário, com o medicamento correcto para cada doente.

Deverá ser fortalecida a monitorização laboratorial das resistências, regulamentada e promovida a utilização dos antibióticos mais adequados, incentivar a inovação e pesquisa, e encorajar a cooperação e circulação de informação entre todos os profissionais” Indica a agência.

Como é que se atinge este grau de resistência? Quando os antibióticos perdem a capacidade de causar a morte das bactérias, é porque estas desenvolveram um mecanismo para “neutralizar” o efeito do medicamento. Assim, uma bactéria é considerada resistente a determinado antibiótico quando continua a multiplicar-se na presença do mesmo.

Entre as superbactérias mais resistentes estão a “salmonella” ou a “fluoroquinolonas” que provoca infeções urinárias por “E. Coli”, assim como a bactéria “Klebsiella pneumoniae”, “Staphylococcus aureus” e a “Streptococcus” que desenvolveram a resistência ao tratamento de último recurso para infecções hospitalares, tais como pneumonia, sepsis, infecções em recém-nascidos e doentes em Unidade de Cuidados Intensivo (UCI).

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