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Domingo, Dezembro 22, 2024

Retrato de uma Dama de Amarelo, Alesso Baldovinetti

Guilherme Antunes
Guilherme Antunes
Licenciado em História de Arte | UNL

“Retrato de uma Dama de Amarelo”, de Alesso Baldovinetti. Pintor italiano no início do Renascimento.

Os retratos de perfil foram muito pretendidos, especialmente no Renascimento florentino, entre outros. Pensavam os mais abastados, que essa parecença com as figuras da medalhística e moedas da Antiguidade, lhes outorgavam uma importância social de antiga linhagem que, em muitos casos, estavam longe de possuir.

O pintor utiliza as curvas da gargantilha e os adornos do cabelo para sugerir o volume. Estamos na presença de uma mulher da aristocracia, o seu vestido é ricamente decorado, o cabelo é recolhido para trás (por vezes abruptamente…) para o alongamento tanto quanto possível da testa. O seu porte é “superior”, faltando-lhe, talvez, para a assumpção desta dama real, uma natureza terrestre ou outra.

Informação adicional

Artista: Alesso Baldovinetti
Data: 1465
Material: Têmpera (pintura)
Dimensões: 62,9cm x 40,6cm
Local: The National Gallery, Londres

Alesso Baldovinetti 1425-1499

Alesso Baldovinetti nasceu em Florença, Itália. Foi um pintor do início do Renascimento. Estudado na Academia de Belas Artes de Florença, sendo também aluno de Piero della Francesca. Alesso Baldovinetti foi membro de um grupo de realistas e naturalistas científicos onde Andrea del Castagno, Paolo Uccello e Domenico Veneziano também estavam. A sua obra notam-se a influências de Fra Angelico e Domenico Veneziano.

Em 1462, Alesso foi contratado para pintar o grande afresco da Anunciação no claustro da Basílica da Santíssima Anunciação, em Florença. Era um pintor que imitava os detalhes naturais com fidelidade em paisagens que tinham um preciso sentido de ar e distância.

Em 1471, trabalhou na Igreja da Santa Trindade, em Florença, na decoração de capelas. Em 1497, a série de afrescos, que representava vários cidadão nobres da cidade, foi avaliada em alto preço por um comité formado por Cosimo Rosselli, Benozzo Gozzoli, Perugino e Filippino Lippi. Hoje apenas alguns fragmentos do afresco permanecem.

Foi também um estudioso e pesquisador de mosaicos.

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