Pegas em putos que ninguém ouviu falar e fazes deles, pá, gajos raçudos, vencedores de impossíveis, e tu, pá, provas -e ainda bem – que o narcisismo não está ao alcance de todos. Ficas na tua, pá, és inequívoco nas tuas competências, falas o que basta e colocas no futebol uma lógica imbatível: isto é para ganhar!
E é mesmo, pá, seja com quem for, seja contra quem for, mesmo que esse “contra” sejam os próprios clubes portugueses que, sim, lá terão as suas razões, mas que também poderiam diminui-las um pouco, pois o palco é mundial e a valorização de alguns nas tuas mãos era mais do que certa. Mas enfim, pá, a realidade e a perfeição raramente andam de mãos dadas.
RUI JORGE, pá, contra aqueles treinadores que são tudo menos contidos verbal e tecnicamente, tu, pá, és só trabalho, és só um raro, sóbrio e honorável (a propósito ainda não és comendador?) talento.
E assim, pá, enquanto uns são vestígios de treinadores, tu, pá, evidencias que és enorme, és mestre, uma doutrina para os outros que, só são «bons» com craques, em cujas chuteiras carregam mais dinheiro do que o comum dos mortais ganha numa vida. Esses, pá, combatem pela glória do sucesso, tu, na tua genialidade, pões miúdos a serem atrevidos e a não recearem nada, a saber valorizarem-se.
Mas tem cuidado, pá, a opinião pública é leve e fugitiva, e ao menor deslize…levas.
Ainda virá o dia, pá, que irei aplaudir os homens, pá.
Até lá para me ir sentindo digno de existir, vou ali tomar um banho, pá.
Grande RUI JORGE, pá.
És a nutrição futebolística da juventude portuguesa, pá.
Bem, lá vou eu…