E dizia o dito cujo, cujos ditos emocionaram tantos homens e mulheres, tantos rapazes e raparigas e tantas mãos que por abaixo escreveram os mais diversos louvores:
Artista compro que passe devagar entre as palavras.
Artista compro que goste mais de mim do que eu próprio.
Artista compro capaz de iludir a chuva
Artista compro que se faça perceber melhor quando está calada.
Bang! Bang! Artista compro, que lhe fique muito bem a paz!
Artista compro que cansada de rir tire o som das televisões portuguesas.
Artista compro que me morda os peitos aos uis e aos ais.
Artista compro que me cante boleros para mentirosos.
Artista compro que na noite dos desejos me cale a boca com três mil e tantos beijos.
Artista compro que cimente a nossa amizade em amarguras e bebedeiras.
Bang! Bang! Artista compro que voe sem asas.
Artista compro que coce comigo o umbigo quando se levanta.
Artista compro que compartilhe comigo ervas que fazem bem ao frio e à tristeza.
Enfim, num KO sumário…
Artista compro para pôr sossegada na minha mesinha de cabeceira e substitua os meus comprimidos para acordar.