Poema inédito de Alice Coelho
Salga-me a pele
Salga-me a pele
Com o suor do teu corpo
Com o sal das tuas mãos
Com o deslizar dos dedos
Com o untar das palavras
No desabrochar sem medos
Salga-me a pele
Prova o sabor das madrugadas
Na lágrima a escorrer no peito
Em ondas de sal arregaçadas
Em lençóis enrugados no leito
Salga-me a pele
Escorre o suor no tempo seco
Solta o cabelo livre e molhado
Ouve o eco no fundo do beco
Protege o seio nu e orvalhado
Salga-me a pele
Receba a nossa newsletter
Contorne o cinzentismo dominante subscrevendo a Newsletter do Jornal Tornado. Oferecemos-lhe ângulos de visão e análise que não encontrará disponíveis na imprensa mainstream.