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Quarta-feira, Dezembro 25, 2024

Santa Casa de Torres Vedras completou 496 anos de vida

Joaquim Ribeiro
Joaquim Ribeiro
Jornalista

misericordia

Na sessão solene, o provedor da Santa Casa de Torres Vedras referiu-se ao historial da instituição, que daqui a quatro anos completa cinco séculos de existência, uma longevidade assinalável e que, segundo Vasco Fernandes, é o resultado do trabalho de muitas pessoas ao longo dos anos.

A Misericórdia torriense foi fundada nos anexos da capela de Nossa Senhora do Ameal por D. Manuel I, que a proclamou por carta de 26 de Julho de 1520, após a fusão de várias confrarias existentes à época. Actualmente presta serviços na área social, no sector da infância e idosos, com as ofertas sociais de creche, pré-escolar, lar, centro de dia, centro de convívio e apoio domiciliário, residências, clínica social e fisioterapia.

O primeiro hospital em Torres Vedras nasceu nas instalações da Rua Serpa Pinto, ao lado da igreja da Misericórdia (que só viria a ser construída em 1730), primeiro só com uma enfermaria e depois com duas, masculina e feminina, e uma morgue.

Mais tarde esse edifício viria a ser utilizado como escola comercial e depois como biblioteca municipal. Em 1941 foi entregue à Santa Casa o novo hospital, mandado erguer por uma comissão constituída para o efeito. Em 1975 o hospital foi nacionalizado.

Vasco Fernandes referiu-se ainda ao projecto de criar uma unidade de cuidados continuados, uma vez que a região de Lisboa está muito carenciada neste tipo de infra-estrutura.

Na sessão solene, presidida por Luís Rodrigues, presidente da mesa da assembleia geral, interveio ainda a vereadora Ana Umbelino, da Câmara Municipal. Elogiou a Santa Casa pelo papel que tem desempenhado na sociedade torriense, na área do emprego, na integração de imigrantes, no fomento das artes através do seu projecto educativo e sobretudo na área social, na qual tem sido um importante parceiro da Câmara Municipal ao fazer parte do núcleo da rede social do concelho.

Ana Umbelino destacou ainda o empenho da instituição em áreas culturais, como a recuperação da igreja da Misericórdia e do seu órgão e a colaboração com o município que permitiu a abertura da ermida de Nossa Senhora do Ameal.

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