Na hora do sim a promessa da eternidade desvirtuada por um kilinho a mais ou mesmo a menos. O tempo não ajuda, nunca acreditei nas promessas de amor porque elas ao tempo não resistem.
Talvez o amor à camisola e a dependência emocional nos mantém ainda ligados ao contrato do amor eterno. Acredito que este sentimento transmuta-se acabando por ser o que ele quiser… De uma simples devoção ao mais forte dos rancores.
O tempo não perdoa, as rugas, vícios e ócios e até comodismo… A nós perguntamos porque é que ainda estou aqui e a lealdade começa por ser esfaqueada pela infidelidade… Mental ou física e depois…
E depois vem a monotonia que sufoca o dia-a-dia com a mesmice que acaba frustrando o plano do eterno amor,e lá vamos nós infelizes mas sorridentes porque evoluímos para seres mais permissivos.
Olho no olho desfaz-se o contrato e no fim um abraço que simboliza o desfecho da história que deveria ser eterna. Seremos amigos promente-se e ele, com toda resistência, metamorfosea-se em qualquer que defina civismo.
Mas não é isso mesmo que define o amor ? A falta de civismo, aquele momento em que nos revoltamos e lutamos contra tudo e todos para resgatar o império que criamos quando nos unimos ao suposto amado?
Talvez uma dia haja uma cláusula que diga Que seja eterno enquanto durar.
Mãe dos Setinhos -Luanda -Angola.
A autora escreve em PT Angola