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João de Sousa

Sexta-feira, Agosto 23, 2024

Que seja bom enquanto durar

Na hora do sim a promessa da eternidade desvirtuada por um kilinho a mais ou mesmo a menos. O tempo não ajuda, nunca acreditei nas promessas de amor porque elas ao tempo não resistem.

Talvez o amor à camisola e a dependência emocional nos mantém ainda ligados ao contrato do amor eterno. Acredito que este sentimento transmuta-se acabando por ser o que ele quiser… De uma simples devoção ao mais forte dos rancores.

O tempo não perdoa, as rugas, vícios e ócios e até comodismo… A nós perguntamos porque é que ainda estou aqui e a lealdade começa por ser esfaqueada pela infidelidade… Mental ou física e depois…

E depois vem a monotonia que sufoca o dia-a-dia com a mesmice que acaba frustrando o plano do eterno amor,e lá vamos nós infelizes mas sorridentes porque evoluímos para seres mais permissivos.

Olho no olho desfaz-se o contrato e no fim um abraço que simboliza o desfecho da história que deveria ser eterna. Seremos amigos promente-se e ele, com toda resistência, metamorfosea-se em qualquer que defina civismo.

Mas não é isso mesmo que define o amor ? A falta de civismo, aquele momento em que nos revoltamos e lutamos contra tudo e todos para resgatar o império que criamos quando nos unimos ao suposto amado?

Talvez uma dia haja uma cláusula que diga Que seja eterno enquanto durar.

Mãe dos Setinhos -Luanda -Angola.

A autora escreve em PT Angola

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