Poema de Delmar M. Gonçalves
“Ser Perseverante na Vi(r)agem”
Era um vez
Um Homem e uma Casa
Cedo o visitou
Proserpina
E o Deus Baco
A Destruiu
E foi roubada
Ao vento
Quando lhe ofereceu
Vermes
Com olhos de nenúfar.Nessa altura
O céu era cinzento
E dormiam os Poetas
Da sua aldeia
E até os Lobos uivavam
De tristeza
Sem razão aparente
Um dia o sol nasceu
Com a madrugada
E eis que nova aurora
Com a bênção da Deusa Ceres
Surgiu resplandecente nele
E cristalinas e inspiradas as Deusas Minerva e Vênus
Decidiram ajudá-lo na empreitada
E a Casa renasceu das cinzas
Num lugar onde a chuva
São as ervas
E a floresta está coberta
De musgo bom.
Talvez os alicerces
Ainda sejam ténues
Mas a vontade
Encontrou raízes nele
Está decidido!
O cheiro deste céu
De terra húmida será a sua morada
E vivem pássaros
Dentro dele
Que lhe querem voo
E o céu
Nem sempre é cinzento!
Alguém dúvida
Que a poesia
É o aroma das flores
Percorrendo a floresta?
Ou que as plantas primeiro
São semente
E só depois
Se tornam
Folha e Fruto?
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