Sete quedas por mim passaram,
E todas sete se esvaíram.
Cessa o estrondo das cachoeiras, e com ele
A memória dos índios, pulverizada,
Já não desperta o mínimo arrepio.
“Sete Quedas por mim passaram” começa o poema de Carlos Drummond de Andrade, a este que foi o maior crime ambiental da história do Brasil e o maior assassinato da Ditatura Militar. Drummond consegue colocar em um poema, toda a força da indignação eterna diante de mais um ato da estupidez humana.
Sete Quedas para aqueles que nasceram como eu, em 81, já eram anunciadas como mortas, por isso nunca se falou para a minha geração, nunca se contou quem eram as Sete Quedas, nem quem e porquê decretaram o seu fim.
Existem algumas mentiras contadas para a minha geração que são muito mais fantasiosas do que Papai Noel, Coelhinho da Páscoa e a Fada do Dente. Mentiras propagadas tantas vezes que as pessoas pensam ser verdades, tais como: Desenvolvimento Sustentável, Etanol ser Biodiesel, Empresa com Responsabilidade Social, Igualdade para Todos, Democracia Capitalista, Democracia Racial, entre outras. Contudo, nenhuma é tão inconteste como essa: Hidrelétricas serem consideradas Energias Limpas e benéficas para o Meio Ambiente.
Na verdade, nenhum livro de História teve a coragem de nos contar a falácia do conto chamado Hidrelétrica: Energia Limpa, sob pena de ser acusado de estar atentando contra o desenvolvimento nacional.
Ninguém, nem TV, nem jornal, nem revista, nem internet, nenhum professor começa falando para você – pobre brasileiro tonto que cresce acreditando nessas falácias e pouco sabe de verdade sobre a verdadeira história do Brasil, a qual não tem nada de pacífica ou de boazinha.
Ao contrário, fomos um país construído a custa de tanto sangue e tragédia, que se estes se revelassem, poderiam tingir de podridão todas as nossas matas e rios, os existentes e os destruídos.
Pois se nenhum professor contou para você o que é uma Hidrelétrica, é porque existe uma omissão de narrativa com um propósito bem definido; de inventar um Capitalismo feliz. Mas o poeta conta e reconta. Ele não se omite. E esse poeta é Drummond. As Cataratas:
E desfaz-se
Por ingrata intervenção de tecnocratas.
Aqui sete visões, sete esculturas
De líquido perfil
Dissolvem-se entre cálculos computadorizados
De um país que vai deixando de ser humano
Para tornar-se empresa gélida, mais nada.Faz-se do movimento uma represa,
Da agitação faz-se um silêncio
Empresarial, de hidrelétrico projeto.
Vamos oferecer todo o conforto
Que luz e força tarifadas geram
À custa de outro bem que não tem preço
Nem resgate, empobrecendo a vida
Na feroz ilusão de enriquecê-la.Sete boiadas de água, sete touros brancos,
De bilhões de touros brancos integrados,
Afundam-se em lagoa, e no vazio
Que forma alguma ocupará, que resta
Senão da natureza a dor sem gesto,
A calada censura
E a maldição que o tempo irá trazendo?
“Um país que vai deixando de ser humano”, e pensar que essa assertiva de Drummond de 38 anos atrás parece falar do Brasil de hoje, mas é que os mesmos asquerosos que matavam e torturavam pessoas na Ditadura Militar continuam nos governando e colocando a natureza como objeto vil a serviço de seus bolsos: “ empobrecendo a vida na feroz ilusão de enriquecê-la”.
Se muitas vozes se calaram, ou porque não tinham interesse, ou por medo (aqui era Ditadura, meu querido) ou por desconhecimento, o poeta não se cala, a poesia se ergue como aquela capaz de denunciar para toda eternidade, essa monstruosidade com o planeta e com as futuras gerações de seres humanos, que não poderão desfrutar da beleza incrível moldada pela mais profundamente e antiga geologia.
Drummond nos apresenta, como uma voz incessante e angustiosa no fim de uma guerra, quem eram elas: Sete Quedas. “Cessa o estrondo das cachoeiras, e com ele, a memória dos índios, pulverizada”. Com esses dois versos, você já deve ter imaginado que Sete Quedas era uma cachoeira, mas não era qualquer cachoeira, e sim a maior catarata que este planeta Terra já teve em volume de água.
O volume de água era tão impressionante que chegava a ser o dobro daquela que é a maior catarata hoje, o Niágara, na fronteira dos EUA com o Canadá. Com seus treze mil e trezentos metros cúbicos por segundo, Sete Quedas se fazia ouvir a trinta km de distância! Os moradores de Guaíra, cidade que abrigava essa lindeza, conseguiam dormir ouvindo o barulho dela. Imagino que antes dessa barbaridade, nenhum morador de Guaíra tinha estresse ou depressão, porque não existe algo mais revigorante e calmante do que o colossal som de cataratas como essas.
Imagino o quanto você, que me lê, esteja estupefado, porque imaginava que o Brasil só dispunha das Cataratas do Iguaçu. Mal sabia você ou se sabia, fingia em não lembrar ou até perdoava os militares, afinal, disseram para ti que não tinha outro jeito, a solução era afogá-la. Alguns ainda me dirão: “se não fosse Itaipu, provavelmente você não estaria escrevendo este texto”. Mais uma daquelas falácias que só o Capitalismo é capaz de criar como se fosse um desenho animado de Walt Disney.
Você acreditou porque era mais confortável para o seu desprezo do que descobrir que, existia sim, alternativas, e que inundá-la não foi mais do que uma decisão geopolítica e, não técnica.
Quando Drummond publicou o poema: “O Adeus à Sete Quedas”, no Jornal do Brasil, um mês antes do seu assassinato, o engenheiro responsável pela Hidrelétrica de Paulo Afonso, Octávio Marcondes Ferraz, e o projetista inicial de Itaipu, escreveu para o poeta uma carta dizendo que, sim, havia como salvar as cataratas do Rio Paraná.
No projeto inicial, o engenheiro não cogitava de espécie nenhuma afogar aquela que segundo ele: “era a maravilha que Deus nos deu”. Seu projeto era preservacionista e pensava antes em explorar economicamente e turisticamente o potencial dos saltos. Essa carta fez com que Drummond se revoltasse ainda mais! Ele resolveu escrever uma crônica desafiando o governo militar. O poeta estava convencido que a decisão de imolar Sete Quedas foi apenas política.
Inundar Sete Quedas acabaria de vez com o litígio que o Paraguai tinha com o Brasil sobre os limites reais da fronteira, posto que o Paraguai havia perdido consideravelmente parte dela na guerra do Paraguai no século XIX. Seria todo vale do Paraná até Foz do Iguaçu. território paraguaio.
Porém, a solução linda, que o Brasil e o Paraguai apresentaram fora acabar com tudo, num comportamento típico de crianças birrentas que, quando perdem o jogo, furam a bola: “Se não é meu, também não vai ser de mais ninguém” pensou principalmente o nosso tristinho país governado pela mais asquerosa elite do hemisfério sul. Assim define o texto a “Outra História de Itaipu” de Artur Oliveira.
As negociações sobre a fronteira e o aproveitamento hidrelétrico foram difíceis e o impasse somente foi superado quando as duas partes chegaram à conclusão de que a construção de uma hidrelétrica na fronteira entre os dois países resolveria a questão ao submergir a zona contestada pelo Paraguai. O resultado da negociação foi a Ata das Cataratas, também conhecida como Ata do Iguaçu, firmada em 22 de junho de 1966, na qual se lê que “a energia elétrica eventualmente produzida pelos desníveis do rio Paraná, desde e inclusive o Salto Grande de Sete Quedas ou Salto de Guaíra até a Foz do rio Iguaçu, será dividida em partes iguais entre os dois países”, tendo cada país a preferência para adquirir a energia não utilizada pelo outro. Detalhe curioso: a Ata do Iguaçu foi assinada sem o conhecimento do presidente da Eletrobrás[2].
Aliás, como explica esse texto, o Brasil não tinha apenas o interesse geopolítico na inundação de Sete Quedas, mas o interesse de empreiteiras e outras do gênero no levantamento dessa monstruosidade que é Itaipu. Sua construção demandou 50 mil funcionários e o Brasil arcou sozinho com 20 bilhões de dólares para a sua construção. Por essa, você imagina como deve ter sido a farra do dinheiro, ainda mais numa época de Ditadura que pouco se podia denunciar.
Artur Oliveira também mostra que havia outras soluções para a questão energética do Brasil, demonstrado no tanto de outras hidrelétricas que foram construídas depois, inclusive no leito do Rio Paraná, e que a distribuição das mesmas por todo país teria a vantagem de levar emprego e renda para todas as regiões brasileiras. Ele pontua e reintera neste texto, que a decisão de construção de Itaipu fora a única que não passou pelo planejamento, crivo e aprovação da Eletrobrás, a quem seria responsável pelo gerenciamento do setor elétrico do país.
E você acreditou mesmo que não tinha outro jeito, não é? Ou nem nunca ficou sabendo de nada disso?
Pois saiba que não existe construção de barragens sem mortes e mortes de pessoas! Essa assertiva eu ouvi da boca de uma engenheira civil. Imagine Itaipu! Dolorida fora mesmo a morte simbólica que essa megalomaníaca usina proporcionou, pois esta não tem fim.
Dessa morte, o poeta sabe bem e chora:
Cessa o estrondo das cachoeiras,
E com ele a memória dos índios, pulverizada,
Já não desperta o mínimo arrepio.Aos mortos espanhóis, aos mortos bandeirantes,
Aos apagados fogos
De ciudad real de Guaíra vão juntar-se
Os setes fantasmas das águas assassinadas
Pelas mãos do homem, dono do planeta.
Nestes primeiros versos, Carlos Drummond de Andrade começa a dizer da importância histórica que aquelas cataratas tinham, a morada dos índios guaranis e lugar de inúmeras batalhas entre os bandeirantes, os jesuítas e os índios.
O filme “A Missão” produzido em 1986 por Robert de Niro nas Cataratas do Iguaçu teria sido feito em Guaíra naturalmente, porque lá era o cenário verdadeiro da história do filme.
Moradores antigos de Guaíra falam que era possível escutar as vozes e os gritos dos índios nas cachoeiras. Ali era o lugar que os protegia, os abrigava até a fúria ambiciosa dos portugueses e dos espanhóis chegarem ao continente.
Já não desperta o mínimo arrepio a sua memória, diz o poeta. E quando realmente despertou esse arrepio, as dores e gritos dos indígenas assassinados por aqueles que vomitam ambição?
Para os bandeirantes modernos, não basta assassiná-los, há também de se matar as suas memórias encarnadas nas águas daquelas quedas.
Drummond estraçalha a dor que ainda restará dentro do peito daquele que o lê e se diz humano, porque coloca em questão, o sentido do progresso humano e qual o real valor das coisas. O que valeria mais: o progresso artificial ou aquela beleza construída pela natureza que nem os antigos egípcios teriam ousadia em fazer?
O poema se torna uma ode sepucral que exprime toda a bestialidade humana, enquanto ressalta e homenageia aquela que seria a maior estupefação natural da Terra. A Sete Quedas chegam ao fim pela falácia do progresso, “do que não tem outro jeito”, das milhares de mentiras propagadas pela propaganda oficial e pelos olhos da cobiça. Contudo, o poeta, Itaipu não consegue enganar.
Carlos, o gauche na vida, sabe muito bem o que realmente nesta não tem preço e denuncia com esse poema; a mentira: “Estamos construindo um brasil grande, e patati patati patatá”. Ele faz questão de deixar o nome do país em minúsculo, mostrando o quanto o país empobreceu e se diminuiu ao cometer uma desgraça dessas. No final, a nação se apequenou.
O que fica claro no poema é o quanto o ser humano se acha “dono do planeta” e como as mãos de alguns tecnocratas, como ele denomina, fora capaz de decidir não só pelas milhares de gerações que viriam sem essa maravilha, mas por toda evolução da vida que aquela era a hora de matá-las.
Drummond coloca em conflito a visão do que seria essencial para a sobrevivência humana: o artifício de luzes falsas ou o colossal monumento da natureza? Este último impregnado de simbolismos, histórias, ecossistemas, significados e poesias. Somente os insensíveis, os deslumbrados com o dinheiro no bolso, veriam apenas naquelas pedras e naqueles turbilhões de água, algumas simples cachoeiras.
Ele também explora a oposição entre engenharia humana, produtor de bizarrices como Itaipu, e a engenharia natural e geológica que a Terra nos forneceu nos Saltos de Guaíra e demonstra que, os Saltos, não seríamos capazes de reproduzir e de criar. E elas eram dadas de graça para os olhos humanos:
Aqui outrora retumbaram vozes
Da natureza imaginosa, fértil
Em teatrais encenações de sonhos
Aos homens ofertadas sem contrato.
Uma beleza-em-si, fantástico desenho
Corporizado em cachões e bulcões de aéreo contorno
Mostrava-se, despia-se, doava-se
Em livre coito à humana vista extasiada.
Toda a arquitetura, toda a engenharia
De remotos egípcios e assírios
Em vão ousaria criar tal monumento.
Sete Quedas transbordavam vozes, canções, vivências, doavam-se para nós em êxtase, como diz o poeta, em uma profunda comunhão e sensação única como se nos fizessem encontrar com o aspecto mais puro e espiritual da vida.
Através delas, as pessoas poderiam vislumbrar a verdadeira face daquilo que chamam de Deus, como relatam quem a conheceu e não teve outra postura que não a de se ajoelhar em sua frente, em silêncio, assumindo sua insignificância, como se rezasse através das pupilas marejadas pela entrega da alma ao milagre.
E o que faz Carlo Drummond de Andrade em seu poema “O Adeus às Sete Quedas?” Ele as eterniza, reproduzindo-as em toda a sua magnitude, som e força por meio das palavras, por meio da poesia.
Sete Quedas respiram e sobrevivem a nós por meio de Drummond. E embaixo do lago de Itaipu, do vazio como ele denomina, elas esperam um dia quem sabe retornar por direito ao palco da vida.
Um ex-diretor de Itaipu disse que as quedas poderão retornar novamente, já que, a usina tem tempo útil estimado em 200 anos e as novas tecnologias já colocam as hidrelétricas como obsoletas em um país que tem Sol quase 365 dias por ano.
Esse diretor disse que as gerações futuras verão as comportas de Itaipu abertas, milhares de solos voltando para agricultura, o vale do Paraná renascendo e as Sete Quedas saltando do dilúvio para ser a terra prometida.
Imagino o poema que Drummond não faria com essa alegria e felicidade verdadeira brotando das profundezas do lago? Talvez essa estrofe do poema seria sua voz:
“ Vinde povos estranhos
vinde irmãos
Brasileiros de todos os semblantes
Vinde ver e guardar”.
O Cartão postal, antes melancólico, seria agora realçado como uma nova dimensão do real.
E Carlos, em seus oitenta anos, não deixou ainda, como já foi dito, de enfrentar o governo ditatorial por meio do seu poema. Governo que além de implementar a censura, impôs essa terrível morte de nossa alma. Pois o:
“que resta
Senão da natureza a dor sem gesto,
A calada censura
E a maldição que o tempo irá trazendo?” .
Uma maldição que o tempo nos trouxe por não olhá-lo de frente e que se perpetua diante de nós, a censura que golpeia novamente o país. Estamos em 2020, mas o nosso maior poeta sabia que a dívida com o tempo é implacável e, que diante dele, a fuga da luta é a maior das derrotas.
Então, imagine-se o acerto com o tempo que teríamos com volta das Sete Quedas? Com a sua liberdade? A calada dor sem gesto seria finalmente renomada, enquanto famílias que foram expulsas de seus territórios e indenizadas pelo último valor alcançado, isto é, pelo valor mais baixo trazido pela notícia do alagamento, retomariam os seus lares. Porque o conceito de lar não é o mesmo de casa, mas sim de pertencimento.
A cidade de Guaíra prosperaria novamente, aquela que um dia conheceu a sorte, trazida pelo turismo daquelas que eram o ponto mais visitado do Brasil. Os animais ocupariam aquele espaço que antes era tido como o Pantanal Paranaense.
Imagina o poeta de Ibira diante de tal acontecimento? Drummond choraria como eu choro diante da beleza, porque a beleza para a vida é inegociável. Se não soubemos amá-las um dia, quem sabe aprenderemos? Ou isto, ou nos tornaremos apenas pedras de uma represa.
Sete quedas por mim passaram,
E todas sete se esvaíram.
Cessa o estrondo das cachoeiras, e com ele
A memória dos índios, pulverizada,
Já não desperta o mínimo arrepio.
Aos mortos espanhóis, aos mortos bandeirantes,
Aos apagados fogos
De ciudad real de Guaira vão juntar-se
Os sete fantasmas das águas assassinadas
Por mão do homem, dono do planeta.Aqui outrora retumbaram vozes
Da natureza imaginosa, fértil
Em teatrais encenações de sonhos
Aos homens ofertadas sem contrato.
Uma beleza-em-si, fantástico desenho
Corporizado em cachões e bulcões de aéreo contorno
Mostrava-se, despia-se, doava-se
Em livre coito à humana vista extasiada.
Toda a arquitetura, toda a engenharia
De remotos egípcios e assírios
Em vão ousaria criar tal monumento.E desfaz-se
Por ingrata intervenção de tecnocratas.
Aqui sete visões, sete esculturas
De líquido perfil
Dissolvem-se entre cálculos computadorizados
De um país que vai deixando de ser humano
Para tornar-se empresa gélida, mais nada.Faz-se do movimento uma represa,
Da agitação faz-se um silêncio
Empresarial, de hidrelétrico projeto.
Vamos oferecer todo o conforto
Que luz e força tarifadas geram
À custa de outro bem que não tem preço
Nem resgate, empobrecendo a vida
Na feroz ilusão de enriquecê-la.
Sete boiadas de água, sete touros brancos,
De bilhões de touros brancos integrados,
Afundam-se em lagoa, e no vazio
Que forma alguma ocupará, que resta
Senão da natureza a dor sem gesto,
A calada censura
E a maldição que o tempo irá trazendo?Vinde povos estranhos, vinde irmãos
Brasileiros de todos os semblantes,
Vinde ver e guardar
Não mais a obra de arte natural
Hoje cartão-postal a cores, melancólico,
Mas seu espectro ainda rorejante
De irisadas pérolas de espuma e raiva,
Passando, circunvoando,
Entre pontes pênseis destruídas
E o inútil pranto das coisas,
Sem acordar nenhum remorso,
Nenhuma culpa ardente e confessada.
((assumimos a responsabilidade!
Estamos construindo o brasil grande!))
E patati patati patatá…Sete quedas por nós passaram,
E não soubemos, ah, não soubemos amá-las,
E todas sete foram mortas,
E todas sete somem no ar,
Sete fantasmas, sete crimes
Dos vivos golpeando a vida
Que nunca mais renascerá.
Texto original em português do Brasil
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