São os que se acham e se consideram em qualquer impressão de privilégio perante os companheiros da Humanidade, desconhecendo que com todos estão ligados, em caminhos idênticos, e em realizações de igual modo idênticas.
São os que tratam os seus semelhantes de condição que creem inferiores, como excluídos sociais, e que ao mesmo tempo reverenciam outros que ostentam títulos ou posições que creem superiores.
Desconhecem que todos estamos à frente uns dos outros a fim de, conjuntamente, nos aperfeiçoarmos, e que ninguém consegue realizar algo, por mais simples que seja, sem o concurso de alguém.
Desconhecem que sejam quais forem as pertenças, de propriedade, grupo social, título académico, ou poder vário que detenham, por mais que se lhes demore nas mãos, passarão inevitavelmente para mãos alheias. E que, na realidade, de tudo e sobre todos os recursos que usufruem, na essência, nada lhes pertence.
Assim, tratemos todos de igual forma, mesmo para com aqueles que aparentemente se nos apresentam como detentores de trabalhos insignificantes, ou de situação insignificante, seja ela qual for. A vida é troca incessante. Hoje somos nós a ter um gesto de solidariedade, a ter uma palavra ou uma frase de bom ânimo, a prestar auxílio que solucionará um qualquer problema. Amanhará estaremos nós em situação igual diante dos outros.
Por opção do autor, este artigo respeita o AO90
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