Snoopy e Charlie Brown
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Pode ser muito bem o filme de animação eleito neste Natal para adultos partilharem a memória que têm das tirinhas de Carlitos, perdão, Charlie Brown. E por certo explicar aos mais novos que nem tudo era feito com animação digital e/ou com óculos 3D. É por isso mesmo que saudamos esta magnífica animação dos estúdios Blue Sky, os mesmos que asseguram o sucesso de A Idade do Gelo, desde logo porque não existe aqui um pingo de tentação em a fundir com a técnica actual, mas tão somente seguir à risca os cartoons de Charles Schulz, tal como os concebeu nos anos 50.
Estão lá todos os Peanuts, embora o foco seja o inseguro Charlie e a sua angústia diante da chegada de uma nova aluna de lindos cabelos ruivos por quem irremediavelmente se apaixona. Naturalmente, sempre acompanhado pelo fiel cachorro Snoopy que o ajuda a superar as suas insuficiências, isto quando não está envolvido no seu combate sem tréguas contra o barão von Ristolfeln, a bordo da sua casota voadora que faz as vezes de avião da 1ª Guerra Mundial.
O risco de Snoopy e Charlie Brown é conter-se na simplicidade da história, na animação muito discreta. Mas é assim que o deveremos descobrir ou rever – em bruto, o nosso Charlie Brown.
A nossa opinião (de * a *****)