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Segunda-feira, Março 3, 2025

Talibãs escrevem a Trump

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Colaboração do Núcleo de Investigação Nelson Mandela – Estudos do Humanismo e de Reflexão para a Paz (integrado na área de Ciência das Religiões da U.L.H.T.)

mossul

Uma das primeiras mensagens que Donald Trump terá recebido após a sua eleição parece ter tido origem no Paquistão, assinada pelo grupo Talibã, grupo de assassinos terroristas cujo protagonismo, mas não a ferocidade, diminuiu nos últimos tempos, ofuscados pelos assassinos terroristas que operam noutros pontos do globo.

Interpretando a voz dos assassinos, Mohammed Khurasani assina o recado para Donald Trump. E aconselha-o: deve abandonar as políticas anti-Islão em nome do terrorismo e libertar todos os prisioneiros muçulmanos, especialmente Aafia Siddiqui.

Ora reside aqui um conjunto de equívocos profundos: forças como os Talibãs, o DAESH, o Boko Haram, e outras do seu calibre, reconhecidas pela sua atividade criminosa local e internacional, são intérpretes, as mais credenciadas, da atividade anti-Islão e são, tão somente, um rosto mesclado do terrorismo internacional, marginais de vergonhoso nível comum, caracterizados pela cobardia pela lei do mais forte, que deixa um rasto de morte e muitas vítimas inocentes.

Quem é Aafia Siddiqui

Aafia Siddiqui, que hoje é um símbolo de vitimização no Paquistão, para os que não sabem, é uma neurocientista paquistanesa, de 44 anos, condenada por duas acusações de tentativa de assassinato de cidadãos norte-americanos, oficiais e funcionários, assalto com arma mortal e três acusações de agressão sobre oficiais americanos e  funcionários civis. Cumpre uma sentença de 86 anos no Centro Médico Federal, Carswell , em Fort Worth, Texas.

Siddiqui nasceu no Paquistão onde passou a sua infância. Em 1990, ela foi estudar neurociência, nos Estados Unidos e doutorou-se na Universidade Brandeis, em 2001. No início de 2003, durante a Guerra do Afeganistão causada por um conflito entre Estados Unidos e a Al-Qaeda, Siddiqui voltou para o Paquistão . Em março de 2003, foi nomeada como mensageira e financiadora de Al-Qaeda por Khalid Sheikh Muhammad e foi colocada na lista do American FBI como “procurada para interrogatório”.

Entretanto, em Mossul

Ao mesmo tempo que Trump recebia o pedido, as notícias da frente de guerra no Iraque são uma vez mais desoladoras: os  Extremistas do grupo terrorista conhecido como DAESH, executaram mais de 60 civis em Mossul, informou o ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados).

De acordo com o ACNUR, o DAESH executou civis acusando-os de “colaborar com o serviço de segurança do Iraque”. Nesta noite, foi executada mais uma pessoa por decisão do ‘tribunal’ do DAESH, por usar um telemóvel, diz um comunicado do ACNUR. Para além disso, pouco antes, o DAESH matou mais 20 civis no norte de Mossul. As notícias revelam ainda como o DAESH executa, depois de torturar, os seus próprios elementos quando suspeita da sua sua traição ou tentativa de deserção.

Este artigo respeita o AO90

Nota do Director

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