Cansado e farto das entrevistas «sérias» e «sisudas» sobre política, sobre saúde, sobre educação, sobre economia, até sobre futebol, eis que Tchakumbum-Tchakumbum!!!
Tchakumbum-Tchacumbum é uma entrevista onde o entrevistado é «convidado» a ter raivas inesperadas. Se a erva não mente, não deixa mentir, um entrevistado Tchakumbum-Tchakumbum quer perfurar a doidice, a maluqueira total, as vezes necessárias até lhe encontrar petróleo. Quando o consegue, o entrevistado entra em êxtase, e leva o jornalista, o entrevistador a apetecer dizer-lhe “só porque estou a olhar para si enquanto fala não quer dizer que esteja interessado no que diz”.
Ora Bruno de Carvalho é o melhor que havia em Portugal para se dar início a esse conceito de entrevista, o giríssimo Tchakumbum-Tchakumbum!
O homenzinho tchakumbumba como ninguém.
Portugal jamais se terá rido tanto numa entrevista como nessa linda noite.
Os homens deste país exclamavam:
– Eu sou «dondo» por este maluco, completamente «dondo» por este espirro.
A maioria das portuguesas, mal o começaram a ouvir pediram logo, por precaução, aos ovários que sossegassem.
Não houve escrúpulos que lhe detivessem a língua, e assim, pela primeira vez na história das entrevistas em Portugal, raro foi o espectador que não lhe terá apetecido entrar pelos estúdios dentro e encher o homenzinho de tabefes.
Nunca há entrevista tão interativa como a Tchakumbum-Tchakumbum.
Bruno, brunou como um pugilista.
Bruno, brunou como batatas fritas enroladas.
Bruno, brunou como se tivesse as ondas cerebrais manipuladas pelo mais distinto estúpido dos psiquiatras.
E com tudo isto assistimos a brilhantes momentos de televisão.
E com tudo isto as entrevistas televisivas a partir de agora não têm alternativa sob pena das pessoas desligarem ou mudarem de canal.
Não há políticos BC? Não há educadores BC? Não há agentes culturais BC? Não há economistas BC? Não há BC’s para todo o género de entrevistas?
Pois as televisões que os inventem.
É que as entrevistas Tchakumbum-Tchacumbum são as únicas capazes de provar que quem não conhece o homem a Tchakumbumkar não conhece a baixeza.