Washington mantém, desde os anos 70, a política da “China Única” quando reconheceu Pequim, em 1978, e rompeu relações diplomáticas com Taiwan, em 1979.
Em comunicado, a equipa do próximo presidente dos Estados Unidos, afirma que Trump e Tsai Ing-wen “trocaram impressões sobre estreitamento de laços em matéria económica, política e de segurança entre os dois países”, lê-se no L’Express.
O comunicado refere ainda telefonemas feitos, no mesmo dia, aos presidentes do Afeganistão e das Filipinas e ao primeiro-ministro de Singapura.
Trump reage no Twitter
Trump recorreu, uma vez mais, ao Twitter para dizer que a presidente de Taiwan lhe ligara para o felicitar pela sua vitória , acrescentando, um pouco mais tarde, num outro tweet:
“É curioso que os Estados Unidos vendam biliões de dólares de equipamento militar a Taiwan e que eu não possa receber um telefonema de felicitações”.
As reacções foram imediatas, como a de Christopher Hill, ex-secretário adjunto de George W. Bush, que, à CNN, considerou tratar-se de um ” grave erro “, lamentando a ” tendência para o improviso” do futuro presidente.
O risco de uma crise com a China
Pequim reagiu através do ministro dos negócios estrangeiros, Wang Yi, que falou num ” golpe baixo preparado por Taiwan”, refere o L’Express. A China ” protestou firmemente” junto de Washington.
“Transmitimos já um protesto formal à parte americana envolvida. É necessário insistir que existe uma única China e que Taiwan é uma parte inalienável do território chinês”
Cita o L’Express
O futuro da política externa americana
A condução da política externa por parte de Trump, considerado um isolacionista, preocupa os aliados históricos da América na Europa e na Ásia.
Também o senador democrata Chris Murphy, num tweet, afirmou “ser assim que começam as guerras “. Pediu que fosse “muito rapidamente nomeado um secretário de Estado”, ” de preferência, com experiência “.