Para conceder o reajuste de 16,38%, Michel Temer pretende cortar mais R$ 1,1 bilhão de investimentos. Com esse corte, Temer deixa como herança ao próximo governo o mais baixo patamar de recursos para essa rubrica dos últimos dez anos.Michel Temer pretende colocar em risco o futuro país para agradar ao poder Judiciário. De acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo, o presidente mais impopular da história do Brasil (Temer tem apenas 3% de aprovação) quer retirar mais de R$ 1 bilhão de investimento para conceder aumento salarial de 16,38% aos juízes. Esse reajuste é relativo ao aumento que o Supremo Tribunal Federal (STF) se auto concedeu, elevando o teto do Judiciário de R$ 33,7 mil para mais de R$ 39 mil.
Com isso, o orçamento do próximo ano será enviado ao Congresso na sexta-feira (31) e deve cortar investimentos para acomodar o pleito de juízes e procuradores.
Caso o corte realmente ocorra, o investimento deve ficar abaixo de R$ 30 bilhões em 2019, o mais baixo patamar de recursos para essa rubrica da última década. Ano passado, o investimento foi de R$ 47,3 bilhões, segundo o Tesouro.
Além de retirar o montante dos cofres públicos, o reajuste do Judiciário acarretará mais R$ 930 milhões de gastos apenas com salário, segundo cálculo da Câmara, e chegaria a R$ 1,1 bilhão com salários de outros Poderes atrelados ao teto do STF.
Dessa forma, o estouro do teto na esfera federal pode atingir R$ 3,3 bilhões, limite de compensação orçamentária do Executivo para outros Poderes estabelecido pela lei.
O reajuste salarial foi uma decisão do Supremo, que negocia com o Executivo como enquadrá-lo à regra imposta pelo teto de gastos (que limita o crescimento das despesas públicas à inflação).
Texto em português do Brasil
Exclusivo Editorial PV / Tornado
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