Será legítimo questionar qual a ideologia de Michel Temer? O ex-vice-presidente do Brasil conseguiu, através de um “golpe de Estado” apoiado pelos grandes interesses económicos instalados, chegar ao lugar que o voto expresso por milhões dos seus concidadãos, em eleições livres, não lhe deu.
Em toda a América do Sul, apenas a Argentina, na pessoa do seu presidente Mauricio Macri, apoia Michel Temer. Todos os outros países têm manifestado o seu desacordo pela forma como Temer chegou ao Poder.
O governo que Temer formou deixa muitas reticências quanto ao propósito de defesa dos interesses do país. Alguns nomes são absolutamente incoerentes nas funções que lhes estão atribuídas. Além disso, são muitos os membros sob investigação judicial. Incluindo o próprio presidente.
180 dias (período durante o qual Dilma Rousseff estará afastada das funções para as quais foi legitimamente eleita) poderá ser pouco tempo para consumar o “golpe” e estabelecer como definitiva a situação política que o Brasil vive neste momento.
E está lançada a campanha de “doutrinação” daquilo que Michel Temer espera do Povo brasileiro: trabalho. Melhor ainda, “Não pense… trabalhe”.
A mensagem subliminar dos dois cartazes traz-nos à memória a terceira imagem… e assusta.
