Poema de Filipa Vera Jardim
Tenho os olhos vazios.
Os olhos vazios. Os olhos tão vazios. Os olhos imensamente vazios.
E o tempo a escorre-me por entre os dedos, embrulhado em palavras. Não ditas.
Apesar disso, há ainda o fundo dos olhos, da cor da maré cheia.
Sem porto à vista, porém, mas da cor da maré cheia.
Fundos infinitos em texto aberto, por registar, de preia mar.
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