Na sequência de várias denuncias da COAG (Coordenador de Organizações de Agricultores e Pecuária) a Junta de Andaluzia iniciou vários processos de investigação a pelo menos seis empresas da Almeria com práticas de re-rotulagem que envolvem multas de até três milhões de euros.
Várias organizações agrárias de Almeria asseguram que os camiões também trazem pimentos verdes e feijão verde de Marrocos.
Noticia de Canalsur: Tomates marroquíes etiquetados como almerienses
A COAG Almería publicou nas redes sociais vídeos em que se vê os camiões que transportam as caixas já vazias com etiquetas de origem de Marrocos em frente a uma das empresas onde se faz a re-etiquetagem e re-embalagem de forma a parecer que os produtos são de origem espanhola.
En nuestras narices. cajas de PIMIENTOS DE MARRUECOS,no son agricultores de Almería, son traidores del campo y los vamos a señalar.Y los inspectores? solo inspectores para los que producimos aquí y no a canallas traidores!
CONSUMIDOR QUE NO TE ENGAÑEN
CONTROL DEL ETIQUETADO YA!! pic.twitter.com/CZxRoj96l2— Andrés Góngora-COAG (@A_Gongora_COAG) February 7, 2020
A COAG denuncia uma rota clandestina que tem inicio em Marrocos e que transporta os vegetais para a Andaluzia, entrando pelos portos de Algeciras ou Motril. Os camiões param em Almeria onde os produtos são re-etiquetados como sendo espanhóis antes de seguirem caminho para França e outros países europeus.
Esta semana durante as manifestações dos agricultores da Andaluzia foi publicado outro vídeo, desta mostrando os Agricultores a saquear os camiões cheios de produtos de Marrocos destinados à fraude de re-etiquetagem.
A origem dos produtos dentro de Marrocos não pode ser identificada, nem se parte destes carregamentos não virão dos territórios ocupados do Sahara Ocidental.
A União Europeia no entanto continua a defender e a tratar Marrocos com luva de pelica, apesar de todas as infracções e continuas violações das leis internacionais e acordos comerciais.
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