Diário
Director

Independente
João de Sousa

Segunda-feira, Novembro 4, 2024

Transparência

Joaquim Jorge, no Porto
Joaquim Jorge, no Porto
Biólogo, Fundador do Clube dos Pensadores

O pacote da transparência está a dar que falar! Há quem não esteja de acordo no PS.Este pacote já deveria estar aprovado há muitos anos. Devido a todo o tipo de broncas e casos de corrupção vai-se legislar por reacção não por convicção.

Infelizmente na política a maior parte das vezes faz-se a reboque dos acontecimentos ou como diz o provérbio, “casa roubada trancas à porta”. Temos que separar a parte do todo. E ter em mente que há políticos sérios e honestos, todavia, nos tempos que correm são excepção.

A exigência de transparência é para todos os titulares de cargos políticos e altos cargos públicos, para acabar com os conflitos de interesses e falhas éticas. É importante apertar as regras de conduta de quem exerce um cargo público e impedimentos com um código de conduta. É preciso regular ofertas de bilhetes, viagens e hospitalidade, mas o problema não é só esse e não chega.

É preciso definir regras e criar obrigações de transparência a quem tenta influenciar os processos de decisão pública. E essas regras não podem ser somente por quem influencia – grupos de pressão e praticamente nada por quem é influenciado – os políticos.

O pacote da transparência deve consagrar um reforço de incompatibilidades, a legalização da atividade do lóbi e regras de transparência no exercício de cargos públicos.

Evidentemente que este pacote não pode permitir a devassa da vida privada de quem exerce política. O acesso a toda a documentação deve ser feito com regras, por uma entidade fiscalizadora que deve defender os interesses do Estado.

O que se passa actualmente é uma total bandalheira, sem rei nem roque. Quem exerce um cargo público tem responsabilidades acrescidas. É preciso leis claras e que todos devam prestar contas. Se não quer ser escrutinado e prestar contas não vai para a política.

Toda a gente conhece pessoas da política ou ligados à política que enriqueceram de uma forma fulminante: sinais exteriores de riqueza; nova casa; novos carros; entre outros.

E, o cidadão pergunta naturalmente: de onde veio o dinheiro? Como foi possível? E é justo e correcto que se saiba a fonte de rendimento.

A política não pode ser uma fatalidade. Quando um político é honesto raramente chega ao poder e se lá chega por vezes sucumbe à corrupção e desonestidade.

Receba a nossa newsletter

Contorne o cinzentismo dominante subscrevendo a nossa Newsletter. Oferecemos-lhe ângulos de visão e análise que não encontrará disponíveis na imprensa mainstream.

- Publicidade -

Outros artigos

- Publicidade -

Últimas notícias

Mais lidos

- Publicidade -