A poluição pode turvar paisagens, envenenar solos e cursos de água, matar plantas e animais. E o ser humano não escapa à ameaça.Qualquer ecossistema pode ser vítima de múltiplas fontes de contaminação; nascentes de água cheias de químicos tóxicos provenientes das indústrias circundantes, rios atolados de nutrientes das propriedades agrícolas, lixo de aterros levado pelo vento, céus das cidades cobertos de smog.
Mesmo paisagens que nos parecem impolutas podem sofrer os efeitos de fontes de poluição situadas a quilómetros de distância.
Os seres humanos são, de igual modo, afectados pela poluição. A exposição prolongada à poluição pode levar a doenças respiratórias crónicas e cancro de pulmão, entre outras.
Mais de mil milhões de pessoas carecem de acesso a água potável e 2,4 mil milhões não têm saneamento adequado, colocando-as em risco de contrair doenças fatais.
A poluição provocada pelo plástico está disseminada por toda a natureza; desde as praias do oceano Atlântico, até ao gelo do Ártico e aos enormes turbilhões de lixo no Pacífico.
E podemos encontrá-lo sob todas as formas e dimensões, desde partículas microscópicas a frigoríficos intactos cheios de peças de plástico.
Mas o plástico em si não é o “inimigo”. A forma como lidamos com isso é que precisa de mudar.
A má notícia
O “oceano de plástico” já prejudicou centenas de espécies, de variadas maneiras:
- Emaranhamento – em velhas redes de pesca deixadas no oceano;
- Asfixia – tampinhas, canudos, sacos de plástico;
- Bloqueio do tracto digestivo;
- Degradação do habitat – as micropartículas depositadas no fundo do mar interferem como as funções dos ecossistemas.
8,8 milhões de toneladas
É a quantidade de plástico que entra no oceano todos os anos.
Esta quantidade corresponde à descarga de um camião de lixo, no oceano, a cada minuto.
O top 5
Mais de 50% dos resíduos plásticos que entram nos oceanos actualmente provém de apenas cinco países em rápido desenvolvimento.
• China • Indonésia • Filipinas • Tailândia • Vietname
Travar a maré
Apenas 20 países produzem a grande maioria do plástico que acaba depositado nos oceanos.
Se esses países reduzirem para metade a quantidade de resíduos através de um adequado tratamento dos mesmos, com melhorias nas infra-estruturas, com adequados processos de recolha, o fluxo de plástico no oceano irá decair cerca de 40%.
Dores de crescimento
O principal motivo de tanto plástico acabar nos oceanos não são as descargas ocasionais e pontuais. É a má gestão do lixo — especialmente nos países em desenvolvimento, onde os mercados crescem rapidamente, mas os sistemas de gestão de resíduos são inadequados ou incorrectamente geridos.