A Economia portuguesa da era pós crise tem sido sustentada pelo turismo. Os elementos que mais têm contribuído para o desenvolvimento da Economia são o turismo de residência e o golfe.
Só “O golfe tem gerado receitas anuais equivalentes a 120 milhões de euros. Este é um dos sectores estratégicos para Portugal. O país tem recebido anualmente 300 mil turistas amantes desta modalidade desportiva”, afirmou o Director Executivo/ PCA do CNIG, Pedro Fontainhas.
Decorreu recentemente no Hotel Dom Pedro Palace, em Lisboa a “Conferência Nacional de Turismo de Residência e de Golfe”, promovida pela APR e CNIG. O evento contou com mais de 300 participantes, entre eles especialistas públicos e privados, nomeadamente uma forte presença de profissionais estrangeiros, razão pela qual o inglês foi a língua de comunicação utilizada.
O turismo em Portugal está cada dia mais atractivo e, tudo o indica, vai crescer ainda mais nos próximos anos. Os dados apontam por um número mais elevado para turistas, nomeadamente, franceses e chineses.
Portugal tem-se revelado um destino turístico importante nos últimos anos, sobretudo depois da crise económica iniciada em 2008 que atingiu a Europa e, de modo particular, os países periféricos.
“As pessoas tornaram-se mais racionais, atentas e informadas, com fortes tendências à poupança. Em termos de compra ou investimento imobiliário, elas têm mais noção dos riscos em caso de crise e, por isso, são menos emotivos”, afirmou João Madeira. Na mesma ordem de ideais Juan Vega acrescentou “os clientes por estarem mais informados, estão também mais atentos e exigentes. Por isso, é necessário pensar na oferta dos serviços para compensar o custo do investimento.
Os consumidores turísticos estão mais informados em grande parte graças a difusão das plataformas online como a Edreams, a TripAdvisor ou a Airbnb.
Portugal soube tirar vantagem da crise, em relação à nova realidade europeia e mundial, construiu um novo destino através de políticas estatais bem definidas que ajudaram a classe empresarial na promoção de Portugal como oferta turística. Oferecendo-se ao Mundo como uma nova meta a ser explorada.
Vantagens comparativas
As razões que fazem com que as Terras Lusas sejam interessantes são vários: o clima, a cultura, a gastronomia, a hospitalidade, os preços de hotéis mais baixos, o custo de vida mais baixo, os famosos vinhos do Alentejo e do Porto, as praias, o surf e os campos de Golfe. Por outro lado o turismo universitário através do Programa Erasmus, a facilidade na comunicação, porque os portugueses dominam bem outras línguas, ajudam também a incrementar o fluxo de turistas.
O maior ponto a favor de Portugal é o ser considerado um país seguro em termos de criminalidade e terrorismo, o que faz a diferença em relação a outros países europeus que vivem sobre ameaças de ataques terroristas.
Muitos investidores estrangeiros escolhem Portugal para os seus investimentos de turismo residencial por duas razoes: estabilidade e fortes vantagens jurídicas e fiscais.
“O mesmo com o brexit, os ingleses continuam a fazer os seus investimentos mobiliários porque o preço das ações aumentou aumentando o poder de compra de algumas camadas sociais”. Mas o brexit continua a ser uma ameaça burocrática em termos de vistos.
Josefa Trindade | Tor Vergata, Economics Business School
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