Quinzenal
Director

Independente
João de Sousa

Domingo, Abril 20, 2025

Um conto de irmandade perfeita e bonita

Vitor Burity da Silva
Vitor Burity da Silva
Professor Doutor Catedrático, Ph.D em Filosofia das Ciências Políticas Pós-Doutorado em Filosofia, Sociologia e Literatura (UR) Pós-Doutorado em Ciências da Educação e Psicologia (PT) Investigador - Universidade de Évora Membro associação portuguesa de Filosofia Membro da associação portuguesa de Escritores

Ao Tony (meu irmão)

As manhãs, sabes?, naquele quintal lá daquele longe tão perto tal a vontade quando nas veias jorra o sangue da irmandade, eras quem eu via sempre, um jovem magro e muito alto, eu, pequeno e traquina tinha em ti, quase só em ti, aquele que me abraçava e dizia tantas vezes

“fica quieto Vitito!

de memórias nunca infalíveis a gente sabe, o bom que nos fazem nunca se esquece e nunca esqueci, olho-me para dentro e revejo, belisco-me a pele e sinto, essa figura de hoje nesse ontem tão antigo e tão presente como o ar que respiramos.

Sem saber o passar das horas dias e momentos registei na inconsciência de criança o suor do amor, e de ti, tudo isso e mais, quando falo de ti comigo mesmo a imagem que me aparece nesta cabeça desmiolada de filósofo do amor, sou um existencialista puro e consigo, mesmo viajando aparentemente, esse tal meu ar de despreocupado não é de facto esse tanto assim, sou uma máquina que regista com papel timbrado e tudo o mais aquilo que me foi, é e será, pois, dizia Nietzche,

“quem sentiu nunca perde!”

E nada do que foi passando desapareceu, a alma é resistente e sente maticando nos seus vocábulos mais simples o que marca a saudade num presente nunca ausente e aquele que sempre ali nunca fugiu do abraço e do conselho.

O quintal grande, a bola que me rolava na cabeça e eu para ti

“chuta mano!, vou ser um grande guarda-redes!”

António Burity da Silva Neto

Na cabeça ansiosa de um inocento cheio de sonhos e sonhei tanto que fui crescendo até que hoje, nada disso sou nem serei, pois, como mudam os destinos das vidas porque não só nós os únicos, e eramos muitos, e somos muitos, esse orgulho é divino e sinto-o como se fosse uma artéria a percorrer cá dentro o amor que só Deus sabe conceder e a gente tantas se esquece, o nosso sangue não é escolhido porque apetece, acontece no meio de todas as verdades da natureza que é tanta e somos nós os nossos, irmãos não se compram verdade, graças a Deus, herdamos do sangue que nos brotou para esta realidade que vivemos vivos, sermos irmãos de sangue!

O teu presente é um orgulho para mim, mas mais do que isso, estares vivo é o meu maior orgulho porque o amor não tem preço nem outras qualificações nem podemos fugir de o ser!

Obrigado mano por nos termos uns aos outros entre todos os que somos, IRMÃOS!


Receba a nossa newsletter

Contorne o cinzentismo dominante subscrevendo a Newsletter do Jornal Tornado. Oferecemos-lhe ângulos de visão e análise que não encontrará disponíveis na imprensa mainstream.

 

Receba a nossa newsletter

Contorne o cinzentismo dominante subscrevendo a nossa Newsletter. Oferecemos-lhe ângulos de visão e análise que não encontrará disponíveis na imprensa mainstream.

- Publicidade -

Outros artigos

- Publicidade -

Últimas notícias

Mais lidos

- Publicidade -