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Terça-feira, Dezembro 24, 2024

Um Festival com uma identidade muito particular: ver filmes, discuti-los, mas também fazê-los

José M. Bastos
José M. Bastos
Crítico de cinema

Termina amanhã em Avanca, freguesia do concelho de Estarreja, a 21ª edição do Festival criado em 1997 pelo Cineclube de Avanca.Para além da exibição de filmes esta manifestação de cultura cinematográfica é também muito virada para a formação e para a feitura de objectos fílmicos, algo que é de resto a imagem de marca deste Cineclube que, desde há muitos anos, tem desenvolvido uma actividade notável ao nível da produção.

Por isso, durante cinco dias, tem vindo a decorrer as Oficinas de Criação Fílmica em que tutores portugueses, mas também outros vindos de Espanha, Brasil, Áustria, Cuba, Canadá, Bélgica, Jordânia e Espanha, orientam quem se inscreveu para o efeito, em vertentes como “filmar ficção ou documentário”, “guião”, “técnicas de iluminação para cinematografia digital” ou “na trincheira do cinema de animação”. Os participantes no Festival têm assim oportunidade de adquirir conhecimento e de andar pelas ruas e terras de Avanca, integrados em equipas de filmagem, acompanhados por cineastas vindos de vários países do mundo. Uma experiência única!

Filmes

Quanto à exibição ela é constituída por mais de meia centena de filmes (longas e curtas, ficções e documentários, trabalhos de animação, televisão ou vídeo) escolhidos de entre os três milhares que foram propostos à organização.

Kashtiban, filme do iraniano Majid Esmaeili

Comboio de sal e açúcar, filme do moçambicano Licínio Azevedo

Foro íntimo, filme do brasileiro Ricardo Mehedff

“Competição Internacional”, “Competição Avanca” e “Panorama do Cinema Português” são as áreas que constituem a secção oficial na qual encontramos muitíssimas obras de produção portuguesa, mas também trabalhos oriundos de Irão, Espanha, Brasil, Finlândia, Hungria, Alemanha, Holanda, Bielorrússia, França, China, Estados Unidos, Bélgica, Argentina, Itália, Canadá, Rússia, Japão, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Moçambique.

O Festival de Avanca é um certame que merece uma saudação muito especial. Pela perseverança, pelo amor ao cinema e pela vontade, continuamente concretizada, de fazer uma mostra diferente que é, sobretudo, um espaço de encontro e de diálogo para os que gostam de cinema e para os que o fazem.

Parabéns ao Cineclube de Avanca e à equipa liderada pelo António Costa Valente.

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