Egas Moniz, foi nome reputado da ciência, nosso primeiro Nobelizado e que através de estudos e aturadas investigações desenvolveu perícias que permitiram resolver questões relacionadas com demências pelo uso de procedimento cirúrgico, a leucotomia.
A leucotomia foi a primeira técnica de psicocirurgia, ou seja, a utilização de manipulações orgânicas do cérebro para curar ou melhorar sintomas de uma patologia psiquiátrica. Resumindo, se um tipo tinha manias, localizava-se lá na cuca onde pairava a ideia maluca e pimba, lóbulo fora. O tal tipo ficava meio abananado, mas lá ia indo.
Ora as rogériografias trazem outra evidência menos invasiva. Relacionando os tipos com os seus contextos (não interessa quais, e as imagens acima são meramente exemplificativas de um case study) percebe-se que os respectivos cérebros nascem e desenvolvem-se normais até uma certa altura. Depois, a partir de uma certa idade (ainda jovem), dá-se uma espécie de auto mutilação de algumas partes funcionais.
Segundo a moral vigente, uns consideram “quem diria, parecia um tótó e agora vejam só”. Outros dizem que nada fazia esperar que aquela criança tão viva e inteligente deu em tão azedo e mirabulante personagem. Isto é, nuns tipos, a auto mutilação (uma espécie de degenerescência), incide mais num hemisfério que noutro e com graduações diferentes. Pois.
As rogériografias apenas trazem (novamente) para cima da mesa a questão da relação do cérebro com aquilo que o cerca. Ou seja: “Diz-me com quem andaste, dir-te-ei quem és”! ou ainda “esta merda do neoliberalismo só podia dar nisto!”
A imagem ao lado reproduz uma rogériografia de um cérebro profundamente afectado por um neoliberalismo exarcerbado que foi evoluindo, evoluindo, sem dor e sem qualquer sintoma exterior.
PS: Qualquer ligação entre a chapa rogeriográfica e as fotos acima (não) é especulação abusiva.