“Contabilizando as pessoas que deixaram a procura activa de emprego, os que emigraram e os que foram eliminados dos ficheiros, estamos a falar de entre 18 mil a 20 mil desempregados que existem actualmente no distrito”, revelou esta terça-feira, Valter Lóios, coordenador da União dos Sindicatos do Distrito de Évora (USDE).
O dirigente sindical considerou ainda que este “é um número que fica, aquém da realidade”, e adianta que “são milhares e milhares os que todos os meses são eliminados das listas do IEFP e perdem os seus postos de trabalho”.
“Só em quatro anos, o distrito de Évora perdeu mais de 12.500 postos de trabalho”, sobretudo nas áreas da pequena indústria e dos serviços, referindo-se ao período entre 2010 e 2014.
“O desemprego ainda não abrandou ou quando abranda é por outras razões como a eliminação de dados estatísticos ou por trabalhadores estarem com CEI ou CEI+ ou em estágios ou formação”, adiantou ainda o sindicalista.
O estudo revelado por Lóios, mostra que os desempregados registados, em Fevereiro deste ano, nos centros de emprego do IEFP no distrito de Évora, eram cerca de 10.700, aos quais se juntam “mais de 2.500 pessoas que estão com contrato emprego inserção (CEI), em estágio ou em formação”.
Walter Lóios desafiou os governantes no sentido de inverterem a política que tem sido seguida no Alentejo e demonstrou que “a região e o distrito de Évora têm futuro”.
O estudo indica ainda que aumentaram “as dificuldades no acesso aos cuidados de saúde, com menos extensões de saúde e menos profissionais”, assim como “menos escola pública, com redução do número de estabelecimentos de ensino e de profissionais”, acrescentou.
A União de Sindicatos do Distrito de Évora vai assinalar o 1º de Maio, Dia do Trabalhador, no domingo, com diversas manifestações que incluem actividades culturais e desportivas, estando previstas iniciativas em Évora, Vendas Novas e Montemor-o-Novo.
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