Uma secção oficial competitiva em que, a par de uma importante presença do cinema espanhol e de obras de realizadores menos conhecidos, sobressaem os mais recentes trabalhos de consagrados como o sérvio Goran Paskaljevic, o indiano Deepa Metha, o iraniano Asghar Farhadi, o japonês Yoji Yamada, o italiano Paolo Virzi ou a francesa Anne Fontaine, será o principal motivo da atenção dos muitos cinéfilos e profissionais da área do cinema que participarão no certame.
Merece também destaque a participação na competição de dois filmes brasileiros: “Aquarius”, que brilhou em Maio passado em Cannes, dirigido por Kleber Mendonça Filho e protagonizado por Sónia Braga e “Mãe só há uma” de Anna Muylaert.
A qualidade e variedade da programação está também assegurada nas outras secções: “Punto de Encuentro” (espaço destinado à apresentação de filmes de novos realizadores), “Tiempo de História” (mostra de documentários), Ciclo Richard Linklater (em que passará a obra completa do celebrado autor de “Antes do Amanhecer”, “Antes do Anoitecer”, “Antes da Meia-Noite” ou “Boyhood”), “Querido Abbas” (ciclo evocativo de Abbas Kiarostami, o extraordinário cineasta iraniano recentemente desaparecido), “Cine Chileno en Democracia” (um alargado conjunto de filmes produzidos naquele país latino-americano depois da queda da ditadura de Pinochet).
Uma mostra do mais recente cinema espanhol, ciclos dedicados às crianças, aos jovens, à produção de “Castilla y León” e “Ciclo Cine & Vino” (Valladolid está na região vinícola da Ribera del Duero) serão outros fortes motivos de interesse.
E muito, muito mais. Por isso, motivos não faltarão para fazer de Valladolid uma verdadeira “capital do cinema”. Pelo menos durante uma semana…